Pedro Menezes   |   18/09/2024 17:05
Atualizada em 18/09/2024 17:11

Hotelaria deve superar receita pré-pandemia pela primeira vez em 2024

Em 2023, o mercado atingiu os patamares pré-pandemia e, agora em 2024, tem a previsão de ultrapassá-los


Pixabay
Veja abaixo sete tendências relevantes que podem ajudar o mercado brasileiro na hotelaria
Veja abaixo sete tendências relevantes que podem ajudar o mercado brasileiro na hotelaria

O mercado hoteleiro global ainda segue se recuperando dos impactos da pandemia. Após anos duros de 2020 e 2021, com drástica queda na taxa de ocupação e receita, o mercado começou a dar sinais de retomada em 2022, onde já foi possível observar uma recuperação acelerada.

Em 2023, o mercado atingiu os patamares pré-pandemia e, agora em 2024, tem a previsão de ultrapassar os resultados de 2019, de acordo com pesquisa da consultoria Bain & Company. A empresa ainda identificou 7 tendências relevantes que podem ajudar o mercado brasileiro a acompanhar essa movimentação (veja abaixo).

Divulgação
Indicadores de Performance Holelaria Brasil
Indicadores de Performance Holelaria Brasil

Ao comparar a taxa de ocupação atual com a de 2019, houve uma redução anual acumulada de 8% no período, que continua a pressionar o mercado de hotelaria brasileiro. Porém, esse impacto foi suavizado por um aumento significativo na Diária Média (ADR), que subiu de R$ 188 para R$ 222. Esse aumento de 6% ao ano na ADR tem ajudado a equilibrar a queda na receita por quarto disponível (RevPAR).

“O mercado hoteleiro brasileiro está se reinventando e adaptando rapidamente às novas demandas e desafios pós-pandemia. Com foco nas tendências emergentes e uma abordagem centrada no cliente, há um vasto potencial de crescimento e inovação à vista. Este é o momento de aproveitar as oportunidades e liderar a transformação no setor”

Bernardo Sebastião, sócio da Bain & Company
Divulgação
Receita Global de Hoteis por Região
Receita Global de Hoteis por Região

Sete tendências relevantes que podem ajudar o mercado hoteleiro

  • Experiência como um novo produto: os consumidores buscam cada vez mais experiências imersivas de lifestyle, intensificando a concorrência em toda a cadeia de hospedagem. Marcas de nicho têm a oportunidade de ganhar escala regional.

  • Mistura entre trabalho e lazer: a distinção entre viajantes de negócios e lazer está caindo gradualmente. Para se adequar a esse novo cenário, os hotéis devem repensar suas ofertas, incluindo espaços físicos, serviços e operações.

  • Impacto da alta inflação e escassez de mão de obra: é provável que a alta inflação e a escassez de mão de obra continuem no curto e médio prazo, forçando a otimização de custos e ajustes nas decisões de investimento.

  • ESG como exigência básica: sustentabilidade e impactos socioeconômicos locais já são considerados fundamentais por grande parte dos consumidores, o que exige investimentos incrementais nas operações hoteleiras.

  • Hiperpersonalização: a personalização das experiências dos hóspedes, desde a reserva até a estadia, baseada em necessidades individuais, deve mudar o paradigma de fidelidade e retenção de clientes.

  • Corrida para dominar e monetizar a jornada do cliente: hotéis e marcas que utilizam dados para evoluir suas ofertas, personalizando atrações e atividades para os clientes, têm mais chances de captar valor de forma mais eficaz.

  • IA generativa como impulsionadora de novos modelos de negócio: a captura e análise de dados via IA Generativa tem se tornado um facilitador para todas as demais tendências, impulsionando novos modelos de sucesso.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados