Como está a hotelaria pelo mundo? Dados da STR mostram bons números
Empresa pede que hotéis deem atenção aos eventos esportivos e shows e às viagens corporativas
MIAMI – Dados da STR apresentados na Conferência da WorldHotels, em Miami, no último final de semana, mostram que de janeiro a novembro de 2023, a hotelaria mundial atingiu bons índices de ocupação, especialmente a Europa (70%), Oceania (70%) e Ásia (66%, sem a China, que ficou com 64%).
A América do Sul teve a menor ocupação entre as regiões, com 59% e crescimento de apenas 2% sobre 2022.
Veja abaixo o ranking da ocupação de janeiro a novembro de 2023 e o crescimento sobre 2022.
- Austrália e Oceania: 70% (+9%)
- Europa: 70% (+8%)
- Oriente Médio: 67% (+6%)
- Ásia (sem a China): 66% (+18%)
- China: 64% (+31%)
- América do Norte: 64% (+1%)
- Sul da África: 60% (+12%)
- Norte da África: 60% (+10%)
- América Central: 60% (+9%)
- América do Sul: 59% (+2%)
Como se vê, mercados como as Américas, Europa e Oriente Médio já retornaram a crescimentos de apenas um dígito, indicando o fim do boom pós-pandêmico.
A tarifa média mundial ficou em US$ 130. Confira abaixo a variação por região. Tarifa média de janeiro a novembro de 2023 e o crescimento sobre 2022:
- Austrália e Oceania: US$ 170 (+6%)
- Oriente Médio: US$ 165 (+1%)
- América do Norte: US$ 158 (+5%)
- Europa: US$ 156 (+9%)
- América Central: US$ 156 (-2%)
- Sul da África: US$ 133 (+16%)
- Ásia: US$ 126 (+25%)
- Norte da África: US$ 121 (+36%)
- América do Sul: US$ 97 (+19%)
- China: US$ 69 (+21%)
Todas as regiões aumentaram o RevPAR em relação ao mesmo período, janeiro a novembro, de 2022:
- América do Norte: de US$ 95 para US$ 101
- América Central: de US$ 88 para US$ 93
- América do Sul: de US$ 47 para US$ 57
- Europa: de US$ 93 para US$ 109
- Norte da África: de US$ 49 para US$ 73
- Sul da África: de US$ 61 para US$ 79
- Oriente Médio: de US$ 103 para US$ 110
- China: de US$ 28 para US$ 44
- Ásia (sem a China): de US$ 56 para US$ 83
- Austrália e Oceania: de US$ 102 para US$ 118
A STR fez um recorte do crescimento de RevPAR nas Américas e o Brasil conseguiu a 13ª colocação, com 29% de aumento. O ranking é liderado pelas Bahamas, Jamaica e Aruba. Os Estados Unidos ficaram na oitava posição e a Argentina na nona, com +32%. O Peru é o único do Top 15 com queda de Revpar: -5,4%.
Luxo
A hotelaria de luxo se mantém saudável, mas a previsão da STR é que a subida de tarifas, uma constante desde 2021, dê uma estabilizada.
No ano passado, o segmento de luxo comercializou 365 milhões de quartos, ultrapassando os números pré-pandemia (360 milhões). A tarifa média atingiu pico de US$ 338, contra cerca de US$ 260 antes da pandemia.
Principais desafios
As principais preocupações dos hoteleiros, em pesquisa realizada no último trimestre do ano, foram:
- Desafios dos custos laborais: 53%
- Desafios da oferta de mão de obra: 51%
- Preocupação com uma possível recessão: 39%
- Custos : 36%
- Aumento da concorrência (com hotéis e não-hotéis): 35%
- Taxas de juros: 32%
- Confiança ou comportamento do consumidor: 30%
É sobre eventos
A STR também apresentou dados do impacto dos eventos, especialmente os esportivos e os shows musicais, na hotelaria. A Fórmula 1, por exemplo, tem impacto grande por onde passa, assim como as turnês de artistas como Taylor Swift, Beyoncé e Madonna. A dica para os hotéis é estar sempre ciente do que vai ocorrer na cidade ou nas redondezas, para se preparar para os grandes eventos, hoje um dos grandes motores para a ocupação hoteleira no mundo.
Para os próximos meses, a expectativa da STR é de RevPAR ainda crescendo, recessão com uma aterrissagem suave e um setor de viagens corporativas ainda enganoso e escorregadio. Além de um pipeline bem melhor para as Américas, como podemos ver nas tabelas acima.
A PANROTAS viajou a convite da WorldHotels, com proteção GTA