Filip Calixto   |   12/09/2022 14:55
Atualizada em 12/09/2022 15:48

Lazer alavanca retomada da hotelaria no primeiro semestre

Números foram mensurados por uma pesquisa feita por HotelInvest e Fohb


PANROTAS / Emerson Souza
Cristiano Vasques, sócio-diretor da HotelInvest
Cristiano Vasques, sócio-diretor da HotelInvest
A hotelaria especializada no segmento de lazer foi a responsável pelos maiores índices de crescimento no primeiro semestre deste ano. Esse foi um dos apontamentos do estudo Panorama da Hotelaria HotelInvest e Fohb, que teve alguns índices divulgados hoje (12), durante o Fórum Nacional da Hotelaria. De acordo com os números apresentados por Cristiano Vasques, sócio-diretor da HotelInvest, o lazer responde pela principal tendência de alta no momento e seguirá assim, pelo menos, até o ano que vem.

De acordo com a pesquisa, o lazer passa por um boom de demanda que pode ser visto na estabilidade de ocupação e procura dos resorts e hotéis de luxo. Segundo aponta Vasques, o câmbio desfavorável para o turista brasileiro, com valorização de 27% do dólar no primeiro semestre, deve fazer com que os anseios de viagens sejam revertidos em Turismo interno e manutenção dos bons números no lazer.

Na observação de mercado feita por Fohb e HotelInvest há uma análise mais detida sobre dez capitais brasileiras que têm a maior parte dos seus hotéis voltados ao público de negócios. Na análise dessas dez cidades apenas quatro anotaram índices de revpar superiores ao visto em 2019. Dessas quatro, três (Vitória, Recife e Rio de Janeiro) têm forte apelo de lazer também, o que, segundo o especialista, confirma a tendência.

Ainda na observação de revpar durante o primeiro semestre, o gestor da HotelInvest ressaltou o desempenho ruim de São Paulo, que ficou 29% abaixo do visto em 2019 no mesmo período. Os números negativos da capital paulista estão ligados, segundo Vasques, à ausência de reajuste nas tarifas.
SHORT-TERM RENTAL
A pesquisa também abordou o dilema do mercado Short-term Rental, que, segundo Vasques, já começa a criar problemas para o desenvolvimento hoteleiro nas grandes cidades pelo crescimento não controlado da oferta.

Para exemplificar essa expansão, o especialista lembrou que somente em São Paulo, a quantidade de estúdios e apartamentos com um dormitório cresceu 55% no primeiro semestre do ano. Isso significa quase 9 mil quartos a mais em plataformas como Airbnb com boa ocupação (67%) e diária média baixa (R$ 224).

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