Resorts devem atingir patamares pré-pandemia no início de 2022
Devido ao cenário positivo do mercado, a recuperação dos resorts pode se intensificar no final de 2020.
Devido ao cenário positivo para o mercado de lazer no Brasil e às restrições das viagens internacionais, a recuperação dos resorts pode se intensificar no último trimestre de 2020 e atingir patamares pré-pandemia já no início de 2022. Para este ano, os resorts esperam queda de 61% no faturamento de eventos e de 44% no de lazer, sem oscilações expressivas de diária média. Os dados estão no estudo "A Recuperação dos Resorts no Brasil" realizado pela HotelInvest, em parceria com a Omnibees e a STR, divulgado em live nesta quarta-feira (16) no Portal PANROTAS e que será lançado para o mercado na próxima sexta-feira (18).
Até outubro, todos os resorts já terão retomado as operações, ainda que com capacidade reduzida. No entanto, apesar da previsão de todos os resorts estarem operando em outubro, a oferta disponível em número de UHs será de 65%. Em dezembro, a expectativa é de 17% dos apartamentos ainda estarem fechados, com a oferta sendo normalizada apenas em 2021.
Segundo o levantamento, a ocupação média dos resorts no País pode variar de 22% a 32% em 2020. As expectativas indicam intensificação de retomada nos últimos dois meses do ano, principalmente em dezembro, acreditando em um cenário já controlado da pandemia e uma demanda de lazer aquecida devido ao período de férias escolares. No entanto, a ocupação esperada para dezembro ainda será de 26% a 34% inferior ao mesmo mês de 2019.
Para 2020, os resorts projetam um faturamento de eventos de 54% a 64% inferior aos valores de 2019. No entanto, essa estimativa foi feita quando havia uma expectativa de retomada parcial dos eventos ainda no segundo semestre deste ano. Com o passar do tempo, esse cenário fica cada vez menos provável, o que deve implicar em quedas de faturamento mais expressivas para 2020.
Em razão da pandemia, cerca de 33% dos eventos foram cancelados e 67% adiados. “Esses eventos contratados tendem a voltar de uma forma mais rápida, fazendo com que o mercado regional tenha uma perspectiva de recuperação mais imediata assim que o cenário sanitário seja mais positivo. A expectativa é de que os eventos sejam intensificados no segundo e terceiro trimestres do próximo ano”, disse Pedro Cypriano, da HotelInvest.
Para 2021 já é esperada uma retomada, mas não o suficiente para chegar novamente aos patamares de 2019, de acordo com o estudo. Ao final de 2021, os resorts preveem que as receitas de eventos ainda serão, em média, 23% abaixo do realizado em 2019. A normalização completa das atividades de eventos nos resorts deve se estender por 2022, ao menos para a média das propriedades analisadas.
Por outro lado, a queda de faturamento projetada para as receitas de lazer é menor do que a de eventos, principalmente, por dois principais fatores: as restrições para a realização de eventos são maiores e deverão perdurar por mais tempo; e a impossibilidade e insegurança em sair do País e a menor oferta de cabines nos cruzeiros fazem com que parte desta demanda seja redirecionada ao mercado doméstico.
Enquanto para o setor de eventos espera-se uma queda de faturamento na ordem de 61% em 2020, para lazer esse valor é 17 pontos percentuais menor (44% de queda). Em 2021, apesar de a receita projetada não atingir os valores de 2019, a diferença é apenas 10% inferior, contra 23% para o faturamento de eventos.
Apesar das expressivas quedas de faturamento projetadas, as expectativas são de diária estável na média dos resorts. Isso porque os bons resultados em janeiro e fevereiro, a troca de mix de demanda e o aumento de procura aos finais de semana e feriados atenuam o potencial de perda de receita até o final do ano. A variação média é de -0,1% em 2020 (comparado a 2019) e 0,6% em 2021 (comparado a 2020).
Em comparação ao mês que precedeu o início da pandemia, a recuperação total de RevPAR deve levar aproximadamente dois anos, até o início de 2022. Para isso, a descoberta da vacina ainda em 2020 e a imunização total da população até o primeiro semestre de 2021 são fundamentais.
O estudo completo será disponibilizado ao mercado na próxima sexta-feira.
Clique aqui para assistir à live na íntegra.
Até outubro, todos os resorts já terão retomado as operações, ainda que com capacidade reduzida. No entanto, apesar da previsão de todos os resorts estarem operando em outubro, a oferta disponível em número de UHs será de 65%. Em dezembro, a expectativa é de 17% dos apartamentos ainda estarem fechados, com a oferta sendo normalizada apenas em 2021.
Segundo o levantamento, a ocupação média dos resorts no País pode variar de 22% a 32% em 2020. As expectativas indicam intensificação de retomada nos últimos dois meses do ano, principalmente em dezembro, acreditando em um cenário já controlado da pandemia e uma demanda de lazer aquecida devido ao período de férias escolares. No entanto, a ocupação esperada para dezembro ainda será de 26% a 34% inferior ao mesmo mês de 2019.
FATURAMENTO DE EVENTOS E LAZER
Para 2020, os resorts projetam um faturamento de eventos de 54% a 64% inferior aos valores de 2019. No entanto, essa estimativa foi feita quando havia uma expectativa de retomada parcial dos eventos ainda no segundo semestre deste ano. Com o passar do tempo, esse cenário fica cada vez menos provável, o que deve implicar em quedas de faturamento mais expressivas para 2020.
Em razão da pandemia, cerca de 33% dos eventos foram cancelados e 67% adiados. “Esses eventos contratados tendem a voltar de uma forma mais rápida, fazendo com que o mercado regional tenha uma perspectiva de recuperação mais imediata assim que o cenário sanitário seja mais positivo. A expectativa é de que os eventos sejam intensificados no segundo e terceiro trimestres do próximo ano”, disse Pedro Cypriano, da HotelInvest.
Para 2021 já é esperada uma retomada, mas não o suficiente para chegar novamente aos patamares de 2019, de acordo com o estudo. Ao final de 2021, os resorts preveem que as receitas de eventos ainda serão, em média, 23% abaixo do realizado em 2019. A normalização completa das atividades de eventos nos resorts deve se estender por 2022, ao menos para a média das propriedades analisadas.
Por outro lado, a queda de faturamento projetada para as receitas de lazer é menor do que a de eventos, principalmente, por dois principais fatores: as restrições para a realização de eventos são maiores e deverão perdurar por mais tempo; e a impossibilidade e insegurança em sair do País e a menor oferta de cabines nos cruzeiros fazem com que parte desta demanda seja redirecionada ao mercado doméstico.
Enquanto para o setor de eventos espera-se uma queda de faturamento na ordem de 61% em 2020, para lazer esse valor é 17 pontos percentuais menor (44% de queda). Em 2021, apesar de a receita projetada não atingir os valores de 2019, a diferença é apenas 10% inferior, contra 23% para o faturamento de eventos.
DIÁRIA MÉDIA E REVPAR
Apesar das expressivas quedas de faturamento projetadas, as expectativas são de diária estável na média dos resorts. Isso porque os bons resultados em janeiro e fevereiro, a troca de mix de demanda e o aumento de procura aos finais de semana e feriados atenuam o potencial de perda de receita até o final do ano. A variação média é de -0,1% em 2020 (comparado a 2019) e 0,6% em 2021 (comparado a 2020).
Em comparação ao mês que precedeu o início da pandemia, a recuperação total de RevPAR deve levar aproximadamente dois anos, até o início de 2022. Para isso, a descoberta da vacina ainda em 2020 e a imunização total da população até o primeiro semestre de 2021 são fundamentais.
HORIZONTE FAVORÁVEL
Passado o período crítico, os anos de 2022 e 2023 devem ser positivos para os resorts no Brasil em razão, principalmente, da valorização do dólar, do maior controle das viagens internacionais e da agenda de reformas em médio prazo. No entanto, o estudo indica que também é preciso ter cautela. Para a efetivação das reservas em pernoites, é fundamental a contenção da pandemia até o primeiro semestre de 2021 e uma clara perspectiva de queda dos novos casos e óbitos ainda em 2020. Enquanto isso, contenção de custos e atenção ao caixa ao menos até o primeiro semestre de 2021 são cruciais.O estudo completo será disponibilizado ao mercado na próxima sexta-feira.
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