Victor Fernandes   |   18/05/2020 14:28
Atualizada em 18/05/2020 14:37

Hotelaria dos EUA atingiu fundo do poço e recuperação será lenta

Pesquisa da STR indica queda de 57,5% na receita por quarto em 2020 e um aumento de 48% em 2021.

Divulgação
O último levantamento sobre a ocupação hoteleira nos Estados Unidos feito pela STR e Tourism Economics contou com uma queda do percentual previsto anteriormente seguindo uma revisão feita no final de março. O relatório agora indica para uma queda de 57,5% na receita por quarto disponível em 2020 e um aumento de 48% no mesmo fator em 2021. Anteriormente, os percentuais eram de queda de 50,6% em 2020 e aumento de 63,1% em 2021.

"Os níveis de desempenho são sombrios em todos os ângulos, mas, no mínimo, os dados semanais até 9 de maio indicam que o setor já atingiu o fundo do poço e começou uma ascensão constante", disse a presidente do STR, Amanda Hite. “A taxa de recuperação será lenta, mesmo quando as medidas de distanciamento forem diminuídas e a maior parte do país reabrir. As preocupações com a segurança das atividades de viagens e lazer determinarão quanto tempo a indústria levará para recuperar sua posição. Independentemente do tempo, o segmento de lazer será o primeiro a ser recuperado”, completou.

Já o presidente da Tourism Economics, Adam Sacks, afirmou que a recuperação inicial das viagens será desigual e escalonada, com ganhos em mercados determinados por fatores específicos do vírus mais do que por fatores econômicos. "O relaxamento gradual do distanciamento social no segundo semestre deste ano beneficiará principalmente as viagens regionais de lazer, com o atraso na recuperação de viagens de negócios e em grupo. Prevemos que pode demorar até 2023 para recuperar os picos de demanda de 2019”, afirmou.

Utilizando metodologia econômica, que não supõe fechamento temporário de hotéis, o segmento de luxo é projetado para a menor ocupação de 2020 em 25%. As propriedades econômicas estão previstas para o nível mais alto de ocupação de 45,2%. No total, projeta-se que os 25 principais mercados apresentem desempenho pior que o resto do país. Nova Orleans (28%) e San Diego (41,1%) devem apresentar os níveis mais baixo e mais alto de ocupação, respectivamente.

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