Líderes do Amanhã no Turismo: Renato Fensterseifer Junior, do Alpen Park
CEO do Alpen Park é destaque na Revista PANROTAS (leia ao fim da nota)
Hoje CEO do Alpen Park, de Canela (RS), Renato cresceu no parque que seu pai construiu. Define-se como uma pessoa ambiciosa e os projetos que o parque apresentou no ano passado, de construção de um resort e ampliação, comprovam isso. Ao mesmo tempo, acredita no associativismo e na colaboração dos empresários para fortalecer o setor, tendo participado da histórica mobilização do Turismo no Congresso Nacional em fevereiro deste ano.
Renato Fensterseifer Junior é uma das lideranças destacadas pela Revista PANROTAS - Edição especial Fórum PANROTAS, que está circulando em versões impressa e digital (no fim desta notícia você confere na íntegra). A seguir, confira os destaques do executivo do Alpen Park.
Idade: 31 anos
Atuação: CEO do Alpen Park (Canela, RS)
O que faz: “Hoje sou o CEO do parque, que completou 20 anos no ano passado. Mas estou aqui desde meus dez anos. Sempre fui o filho do dono, claro, mas quando concluí os estudos em Porto Alegre acabei voltando e assumindo de fato o parque, sem pressão. Acompanhava reuniões e hoje estou à frente delas, com meu pai atuando no Conselho. Além disso, também gosto muito do associativismo, acredito que a colaboração fortalece todo o setor, por isso participo tanto do Sindepat, associação nacional que representa os parques e atrações, quanto da Apasg, associação regional aqui da Serra Gaúcha que representa o setor.”
Onde mora: Canela (RS).
Quem admira: “Admiro o Alain Baldacci (CEO do Wet´n Wild), uma referência no setor de parques e atrações. A relação que meu pai e ele sempre mantiveram me permitiu conhecê-lo melhor e aprender muito. Foi quando participei do primeiro Summit do Sindepat no Wet´n Wild, em 2018, que comecei a olhar todo o setor como um negócio. Nesse mesmo ano, fui para a IAAPA (principal feira internacional de parques e atrações) e voltei seguro de que trabalhar no Alpen Park era o que eu queria.”
O que adora fazer: “Comecei um pouco tarde, já um pouco ‘velho’, mas gosto muito de snowboard e do kitesurfe. São dois esportes que demorei a descobrir, mas hoje gosto muito de ambos.”
O que causa preocupação: “Nos meus negócios, a principal preocupação é sempre com a segurança. Se o parque está operando, há risco. É o grande ônus do empreendedor, conviver com essas preocupações. Na sociedade, de modo geral, me preocupa que as pessoas percam liberdade sem perceber. Acho que esse é o principal ativo de todo ser humano e, muitas vezes, as pessoas não enxergam que estão caminhando para restrições. Isso acontece, por exemplo, quando o Estado começa a regulamentar assuntos que deveriam ser pessoais, particulares.” O que valoriza nas pessoas: “A ética, acima de tudo. Sempre ouvi isso do meu pai, que tem verdadeiro pavor dos ‘jeitinhos’ que algumas pessoas podem querer utilizar.”
O que não pode faltar em um profissional: “Li há algum tempo, em um livro sobre negócios, as características que não devem faltar aos profissionais que desejam ser bem-sucedidos e acho que são essas características que todo profissional deve ter. Em primeiro lugar, a coragem para assumir riscos, tomar decisões; em segundo lugar, uma boa dose de bom senso, de capacidade de analisar situações, enxergando as causas para de fato resolver problemas e suas consequências; e, em terceiro lugar, mas talvez o mais importante, a capacidade de execução. Sem isso, nenhuma boa ideia vai adiante.”
O que a empresa deve ter/fazer para reter talentos: “Acredito que os jovens têm hoje uma inquietação maior. É preciso acompanhar as mudanças de comportamento, porque cada nova geração acredita que a sua fez algo melhor, tinha algo de melhor. A empresa deve construir um ambiente de trabalho seguro, fazendo com que o colaborador sinta pertencimento. É preciso sentir que seu trabalho tem um impacto, para encontrar propósito e sentir-se realizado. Mas o mercado de trabalho mudou e hoje não acredito que a maioria das pessoas deseje ficar décadas em uma mesma empresa, como já foi o sonho de gerações anteriores.”
Como se vê em 10 ou 15 anos: “Gosto muito do que faço e me sinto realizado profissionalmente. Mas sou ambicioso e me vejo com mais negócios de entretenimento. Anunciamos no ano passado o início da construção do resort do nosso parque, acredito em mais negócios nesse setor. Também vejo o associativismo como um caminho importante, para construir algo para o setor, não apenas para uma empresa ou grupo.”
Por Maria Izabel Reigada (Especial para a Revista PANROTAS)
O conteúdo acima é parte integrante da edição 1574 da Revista PANROTAS. Confira na íntegra abaixo: