Karina Cedeño   |   28/01/2025 18:44

França recebe recorde de 100 milhões de turistas em 2024, segundo OMT

Dados da OMT também mostram que setor de Turismo atingiu índices pré-pandêmicos em 2024, recuperando-se


Unsplash/Anthony Choren
Jogos Olímpicos de 2024 e a reabertura da Catedral de Notre Dame foram eventos que atraíram grande quantidade de turistas ao país europeu no ano passado
Jogos Olímpicos de 2024 e a reabertura da Catedral de Notre Dame foram eventos que atraíram grande quantidade de turistas ao país europeu no ano passado

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) referentes a 2024, a França foi o país mais visitado do mundo, com 100 milhões de turistas. A Espanha, que recebeu 94 milhões de turistas, ficou em segundo lugar.

“2024 foi um ano excepcional para o Turismo francês, com perspectivas promissoras para 2025”, destaca a Atout France (o departamento nacional de marketing turístico do país) em comunicado. Os Jogos Olímpicos de 2024, a reabertura da catedral de Notre Dame de Paris e o 80º aniversário do Dia D na Normandia como três grandes eventos para os quais as pessoas viajaram para França no ano passado. 2024, de acordo com a OMT.

A Atout France também moderou as suas comemorações por ser o país mais visitado do mundo, afirmando que o seu objetivo é “tornar a França o principal destino mundial para o Turismo sustentável”.

No ranking global, a Europa foi o continente mais visitado, com 747 milhões de turistas. De acordo com observação da OMT, o número foi especialmente impressionante considerando que a guerra em curso da Rússia na Ucrânia manteve os viajantes afastados de partes da região;.

Indústria de Turismo se recuperou da pandemia

  • De acordo com o último Barômetro Mundial do Turismo da OMT, 1,4 mil milhões de turistas viajaram internacionalmente em 2024, indicando uma recuperação (99%) dos níveis pré-pandémicos;
  • Isso representa um aumento de 11% em relação a 2023, ou seja, mais 140 milhões de chegadas de turistas internacionais, com resultados impulsionados pela forte procura pós-pandemia, pelo desempenho robusto dos grandes mercados emissores e pela recuperação contínua dos destinos na Ásia e no Pacífico.
  • O volume de viajantes internaiconais totaliza US$ 1,9 trilhão gastos na indústria do Turismo, o que significa que cada turista gastou mais de US$ 1 mil, em média.

Pequenos países, grandes ganhos

Os habituais grandes players do Turismo não foram os únicos com números crescentes de turistas.

  • No Oriente Médio, o Qatar registou um aumento de 137% no número de turistas. Grande parte disso foi impulsionado pelo investimento do país em infraestrutura: a Qatar Airways foi eleita a melhor companhia aérea do mundo em 2024, enquanto a Hamad International de Doha conquistou o título de melhor aeroporto do mundo;
  • Outros países menores celebraram grandes vitórias para o Turismo no ano passado, incluindo Andorra, o microestado na fronteira entre França e Espanha, bem como a República Dominicana, o Kuwait, a Albânia e El Salvador.

Equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade

De acordo com a OMT, o Turismo global não está apenas atingindo patamares pré-pandêmicos, mas também parece estar em uma trajetória ascendente.

A Espanha, o segundo país mais visitado do mundo, marcou o ano de 2024 com vários grandes movimentos anti-turismo: residentes atirando pistolas de água contra viajantes em Barcelona, Sevilha cobrando uma taxa de entrada e protestos em massa nas Ilhas Canárias, entre outros.

Na Itália, que teve um crescimento anual de 23%, as cidades de Veneza e Florença, proibiram grandes grupos turísticos. Em todo o país, as medidas de prevenção do overtourism assumiram diversas formas, incluindo a proibição de nadar à noite, “semáforos” para indicar quando uma área está demasiado lotada e regras que proíbem as pessoas de reservarem espaços de praia cobiçados com guarda-sóis na noite anterior.

Em seu comunicado anual, o painel de especialistas da OMT advertiu que “o equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade será fundamental em 2025” e aconselhou “a descoberta de destinos menos conhecidos”.

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