Maioria de bares e restaurantes prevê alta nas vendas no 1T25; em SP, houve acordo de ICMS
Para Abrasel, é necessário que sejam adotadas estratégias para tornar o ambiente favorável
O setor de alimentação fora do lar começa 2025 com otimismo, conforme pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A maioria dos empreendedores (73%) espera um aumento nas vendas no primeiro trimestre do ano, comparado ao mesmo período de 2024.
Outra boa notícia vem de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas acordou em abrir mão do aumento previsto no ICMS, de 3,2% para 12%, que valeria a partir de janeiro. A nova alíquota, para bares, restaurantes e padarias que estão fora do Simples Nacional, será limitado a 4%, em linha com a média do que praticam outros estados.
O aumento ainda é significativo, de 25%, mas o governador se compromissou com a Abrasel a reverter a diferença na arrecadação em apoio direto ao próprio setor. O impacto de aumento nos cardápios deve ficar entre 1% e 2%, na avaliação da entidade, número bem inferior ao previsto (de até 8%) se fosse mantido a proposta original do governo.
Para o diretor-executivo da Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes (Fhoresp), Edson Pinto, o percentual definido pelo governador, hoje, durante audiência, na sede do Executivo paulista, representa ganho para o setor, uma vez que está bem próximo do solicitado.
“Chegamos a um bom patamar, o de 4%. Tarcísio (Gomes de Freitas) demostrou bom senso e sensibilidade à nossa causa, mantendo o regime especial de tributação da nossa categoria, que está em vigor há 31 anos. Presente de maneira legítima nos 645 municípios paulistas, a Fhoresp reconhece a importância e a força deste gesto do governador”
Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp
O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, reitera que, para haver uma tendência de melhora para a saúde financeira do setor, é necessário que sejam adotadas estratégias para tornar o ambiente favorável. Decisões como o aumento do ICMS em São Paulo são apontadas como exemplos de medidas que impedem completamente a recuperação do setor e geram impactos negativos em toda a cadeia.
“Estamos diante de um cenário desafiador. Apesar da confiança no crescimento das vendas, o aumento do ICMS em São Paulo é uma medida que ameaça a sobrevivência de milhares de empresas. Essa decisão não apenas impactará os empresários, mas também os consumidores, que sentirão o aumento dos preços nos cardápios”
Presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci