Venda informal de alimentos prejudica restaurantes e bares
Presidente da FBHA defende a necessidade de oferecer suporte às pessoas que atuam de forma irregular
No Distrito Federal, o setor de Alimentação Fora do Lar solicita um plano de combate ao crescimento exacerbado na oferta informal de marmitas e comidas de rua. O pedido é feito por empresários do setor que buscam minimizar os prejuízos econômicos gerados pelo descontrole da informalidade.
A prática não é restrita apenas à capital do Brasil, visto que todos os Estados enfrentam a mesma situação. O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, explica que essa venda irregular traz uma concorrência desleal ao setor.
"Quem atua na área de alimentação, com registro e autorização, deve pagar impostos para manter os seus estabelecimentos em atividade. Há uma fiscalização do governo em torno dos produtos oferecidos e da receita obtida. Quando falamos de vendas nas ruas das cidades, não temos esses mesmos aspectos garantidos. Isso impacta negativamente e traz uma concorrência injusta", pontua.
Em 2016, o País já registrava meio milhão de brasileiros que atuavam como ambulantes de alimentação. A atividade teve o seu crescimento devido à necessidade de buscar uma renda alternativa por conta do aumento do desemprego na época.
Neste ano, a situação também é crítica. Atualmente, o número de pessoas sem emprego chegou a 14,8 milhões, sendo a maior taxa de desempregados desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados pelo IBGE, que registrou uma alta de 3,4%, com mais 489 mil pessoas desocupadas, quando comparado ao trimestre anterior, encerrado em janeiro.
“A crise econômica que estamos enfrentando é severa. O setor foi amplamente prejudicado e é indiscutível que a Alimentação Fora do Lar teve um déficit considerável desde a chegada da covid-19. Os bares, restaurantes e similares sofreram com a queda da movimentação de clientes e, além disso, os lockdowns foram responsáveis por restringir por completo o funcionamento de milhões de estabelecimentos. Os empresários que conseguiram driblar esses problemas estão, agora, sofrendo com falta de apoio e concorrências que não são cabíveis”, afirma.
Para o presidente da FBHA, o governo precisa tomar medidas para que a população tenha uma forma justa de garantir a própria renda. Sampaio defende a necessidade de oferecer suporte às pessoas que atuam de forma irregular, sem que impacte os empreendimentos regularizados nas cidades.
CRISE NO SETOR
Em junho deste ano, a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a consultoria Galunion e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), informou que 71% dos bares e restaurantes brasileiros enfrentam endividamentos por conta da pandemia. A situação para o setor de Alimentação Fora do Lar é crítica.
"Atualmente, temos mais de 16 mil bares e restaurantes inseridos no Cadastur. Ainda há outros, por fora, que também vivem a mesma realidade. Infelizmente, os empreendimentos que ainda estão em funcionamento vivem uma crise sem fim, onde o dia de amanhã é incerto. A flexibilização das restrições é necessária para tentar minimizar o déficit que temos. Temos urgência nessas mudanças”, finaliza Sampaio.
A prática não é restrita apenas à capital do Brasil, visto que todos os Estados enfrentam a mesma situação. O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Alexandre Sampaio, explica que essa venda irregular traz uma concorrência desleal ao setor.
"Quem atua na área de alimentação, com registro e autorização, deve pagar impostos para manter os seus estabelecimentos em atividade. Há uma fiscalização do governo em torno dos produtos oferecidos e da receita obtida. Quando falamos de vendas nas ruas das cidades, não temos esses mesmos aspectos garantidos. Isso impacta negativamente e traz uma concorrência injusta", pontua.
Em 2016, o País já registrava meio milhão de brasileiros que atuavam como ambulantes de alimentação. A atividade teve o seu crescimento devido à necessidade de buscar uma renda alternativa por conta do aumento do desemprego na época.
Neste ano, a situação também é crítica. Atualmente, o número de pessoas sem emprego chegou a 14,8 milhões, sendo a maior taxa de desempregados desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados pelo IBGE, que registrou uma alta de 3,4%, com mais 489 mil pessoas desocupadas, quando comparado ao trimestre anterior, encerrado em janeiro.
“A crise econômica que estamos enfrentando é severa. O setor foi amplamente prejudicado e é indiscutível que a Alimentação Fora do Lar teve um déficit considerável desde a chegada da covid-19. Os bares, restaurantes e similares sofreram com a queda da movimentação de clientes e, além disso, os lockdowns foram responsáveis por restringir por completo o funcionamento de milhões de estabelecimentos. Os empresários que conseguiram driblar esses problemas estão, agora, sofrendo com falta de apoio e concorrências que não são cabíveis”, afirma.
Para o presidente da FBHA, o governo precisa tomar medidas para que a população tenha uma forma justa de garantir a própria renda. Sampaio defende a necessidade de oferecer suporte às pessoas que atuam de forma irregular, sem que impacte os empreendimentos regularizados nas cidades.
CRISE NO SETOR
Em junho deste ano, a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a consultoria Galunion e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), informou que 71% dos bares e restaurantes brasileiros enfrentam endividamentos por conta da pandemia. A situação para o setor de Alimentação Fora do Lar é crítica.
"Atualmente, temos mais de 16 mil bares e restaurantes inseridos no Cadastur. Ainda há outros, por fora, que também vivem a mesma realidade. Infelizmente, os empreendimentos que ainda estão em funcionamento vivem uma crise sem fim, onde o dia de amanhã é incerto. A flexibilização das restrições é necessária para tentar minimizar o déficit que temos. Temos urgência nessas mudanças”, finaliza Sampaio.