Laura Enchioglo   |   19/02/2025 10:13

Aviação representa 2% das emissões de gases de efeito estufa no mundo

Relatório da ONU menciona a necessidade de uma maior adoção de combustíveis sustentáveis (SAF)


Divulgação
Emissões globais de GEE atingiram 57,1 bilhões de toneladas em 2023, um aumento de 1,3% em relação a 2022
Emissões globais de GEE atingiram 57,1 bilhões de toneladas em 2023, um aumento de 1,3% em relação a 2022

Um novo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) aponta que o setor de aviação corresponde por 2% do total de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no mundo.

Segundo o Emissions Gap Report 2024, considerando a aviação entre 1990 e 2021, a procura de passageiros triplicou e a procura de mercadorias cresceu quatro vezes, aumentando significativamente as emissões.

Por isso, o relatório menciona a necessidade de uma maior adoção de combustíveis sustentáveis (SAF). Neste sentido, "um número crescente de políticas e iniciativas foi estabelecido para aumentar a cota de SAF produzidos a partir de fontes não fósseis, como biomassa e resíduos", disse a pesquisa.


As emissões globais de GEE atingiram 57,1 bilhões de toneladas em 2023, um aumento de 1,3% em relação a 2022. Com isso, o documento destaca que a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C estará fora de alcance em alguns anos, necessitando de ações imediatas e ambiciosas.

Vale ressaltar que, segundo o documento, para limitar o aquecimento a 1,5°C, as emissões globais precisam cair 42% até 2030 e 57% até 2035, em relação aos níveis de 2019.

Um dos caminhos pode ser o equilíbrio entre o financiamento público e privado, que eve ser diferente em cada região, refletindo suas estruturas econômicas e fases de desenvolvimento. A combinação de financiamento também deve variar de acordo com o tipo de investimento, sendo provável que o setor privado assuma a liderança em tecnologias comercialmente viáveis e o setor público se concentre em áreas estratégicas que exijam capital inicial significativo ou que envolvam riscos mais elevados.

Nesse sentido, de acordo com o relatório, nas economias avançadas e na China, o foco será na criação de incentivos para transferir investimentos de indústrias com alto teor de carbono para indústrias com baixo teor de carbono.

O relatório completo pode ser acessado aqui.

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