Laura Enchioglo   |   07/03/2025 18:08
Atualizada em 07/03/2025 18:09

Brasil lidera transporte aéreo doméstico da América Latina em janeiro

Mercado doméstico brasileiro teve papel fundamental no avanço da região, com 438 mil passageiros


Divulgação/Alagoas
Aumento do tráfego foi impulsionado pela reativação de rotas, pela adoção de políticas de céu aberto e pela maior demanda por viagens turísticas
Aumento do tráfego foi impulsionado pela reativação de rotas, pela adoção de políticas de céu aberto e pela maior demanda por viagens turísticas

A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) divulgou os dados de tráfego da região para janeiro de 2025, que registrou um total de 42,3 milhões de passageiros, um crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. Esse aumento foi impulsionado pela reativação de rotas, pela adoção de políticas de céu aberto e pela maior demanda por viagens turísticas.

O mercado doméstico brasileiro teve um papel fundamental nesse avanço, adicionando 438 mil passageiros, o que representou 44% do crescimento total da região. O tráfego intra-regional também registrou um aumento expressivo, atingindo 5,3 milhões de passageiros, com destaque para a rota Lima – Santiago, que se consolidou como a mais movimentada da América Latina, com quase 156 mil passageiros.

No mercado doméstico, o Brasil liderou em crescimento absoluto, registrando 8,6 milhões de passageiros, 5,3% a mais do que em 2024, com CNF-GRU (+25%) e CGH-GRU (+30%), com mais de 361.000 passageiros.

Veja um compilado dos dados no gráfico abaixo:

Mercado internacional

O mercado internacional manteve sua trajetória de crescimento, totalizando 15,6 milhões de passageiros, um avanço de 0,7% em relação ao ano anterior. O tráfego entre Brasil e França foi um dos grandes destaques, com um crescimento de 33,5%, impulsionado pela adição da rota Paris – Salvador.

As conexões entre Panamá e Estados Unidos também tiveram um desempenho positivo, adicionando mais de 2.500 frequências, um aumento de 12% na comparação anual. Além disso, o número total de voos na região cresceu 4,8%, chegando a 345.331 operações, enquanto a taxa média de ocupação atingiu 84,7%, um avanço de 1,1 ponto percentual em relação a 2024.

Dentre os mercados que mais se destacaram, o Brasil e a República Dominicana atingiram recordes históricos no tráfego internacional. Florianópolis registrou um crescimento de 175% nas conexões com Buenos Aires, como resultado da entrada de uma nova companhia aérea.

Já a República Dominicana alcançou o maior volume de passageiros internacionais de sua história, somando 1,8 milhão no mês de janeiro, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. No México, aeroportos como Santa Lucia apresentaram um forte crescimento, avançando 78%, enquanto na Argentina, Tucumán teve um salto de 116% no tráfego internacional.

“Com esses resultados, 2025 começa com um horizonte otimista para a aviação na região. A consolidação de novas rotas, o crescimento da conectividade e o compromisso do setor com o desenvolvimento sustentável continuarão sendo fundamentais para manter a trajetória positiva”

José Ricardo Botelho, CEO da Alta

Impacto dos custos de combustíveis

O relatório também destaca o impacto dos custos de combustível para a aviação. Em janeiro de 2025, o preço médio do Jet Fuel foi de US$ 98,05 por barril, enquanto o combustível sustentável para aviação (SAF) permaneceu cerca de 2,1 vezes mais caro, atingindo uma média de US$ 208,05 por barril.

Esse diferencial de custo segue como um grande desafio para a adoção em larga escala do SAF na região, tornando essencial o desenvolvimento de políticas que incentivem sua produção e viabilizem sua competitividade frente ao querosene de aviação convencional.

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