Rodrigo Vieira   |   25/09/2024 13:47
Atualizada em 25/09/2024 13:56

Dados da aviação brasileira em 2023: PIB, tributos, empregos e mais

Veja resumo do novo Panorama da Aviação Comercial da Abear, que será oficialmente lançado amanhã

Unsplash/Josue Isai Ramos Figueroa
Antes publicado anualmente em formato impresso e PDF, o novo Panorama passa a ser atualizado periodicamente, incluindo o que há de mais novo em matéria de dados. No lançamento, a plataforma já conta com números disponibilizados para alguns indicadores até junho de 2024
Antes publicado anualmente em formato impresso e PDF, o novo Panorama passa a ser atualizado periodicamente, incluindo o que há de mais novo em matéria de dados. No lançamento, a plataforma já conta com números disponibilizados para alguns indicadores até junho de 2024

A aviação comercial brasileira contribuiu, em 2023, com R$ 81 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) do País. O número representa um aumento de 3,8% em relação a 2022, quando o setor somou R$ 78 bilhões de contribuição para o PIB brasileiro. É o que revela o novo Panorama da Aviação da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Em formato 100% digital e com dados inéditos sobre o setor aéreo, o Panorama será oficialmente lançado no estande PANROTAS na Abav Expo 2024, às 17h de 26 de setembro, primeiro dia da feira.

O cálculo do PIB considera a soma de bens e serviços da aviação comercial nacional. Em 2023, o setor aéreo também foi responsável por dinamizar R$ 34,7 bilhões em salários e R$ 25,4 bilhões em tributos arrecadados. O montante de salários em 2022 foi de R$ 34,2 bilhões, enquanto o valor coletado em tributos foi de R$ 21,3 bilhões.

Com base nos dados disponibilizados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a publicação da Abear revela ainda que a aviação comercial possuía 52.214 empregos formais em 2023, um aumento de 7,69% em relação a 2022, quando o número de vagas somava 48.485.

Veja um resumo dos principais dados na tabela ao fim da notícia.


Divulgação
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Novo Panorama da Aviação da Abear

Antes publicado anualmente em formato impresso e PDF, o novo Panorama passa a ser atualizado periodicamente, incluindo o que há de mais novo em matéria de dados. No lançamento, a plataforma já conta com números disponibilizados para alguns indicadores até junho de 2024.

“Desde as primeiras publicações, o Panorama se tornou uma referência sobre a aviação comercial brasileira, contribuindo para a compreensão do cenário e dos desafios do setor que gera emprego, renda, bem-estar social, negócios e riquezas, e é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do País”

Jurema Monteiro, presidente da Abear
PANROTAS / Filip Calixto
Jurema Monteiro, presidente da Abear
Jurema Monteiro, presidente da Abear

O novo Panorama traz uma consulta interativa que mostra, desde 2012, a variação do câmbio, do preço do querosene de aviação (QAV), do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e da tarifa média do bilhete aéreo. Os dados apontam, por exemplo, que, de janeiro de 2018 a junho de 2024, o câmbio teve uma variação de 67,9% e o QAV, 48,5%.

Diferentemente desses indicadores, a tarifa média real aumentou 11% no período, o que, segundo a Abear, reflete os esforços das companhias aéreas em não repassar a pressão dos custos para os consumidores. Atualmente, o patamar de assentos ofertados pelas companhias aéreas já é 5,9% superior ao observado no primeiro semestre de 2019. Cabe destacar ainda que cerca de 60% das despesas das empresas aéreas são dolarizadas, e o QAV impacta aproximadamente 40% dos custos do setor.

Acesso a dados da aviação estadual

Outra novidade do novo Panorama da Abear é o acesso a dados estaduais nos indicadores de PIB, empregos, salários e tributos pagos. A partir desses indicadores é possível constatar, por exemplo, que o número de empregos do setor aéreo em Alagoas, Amapá, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal está acima da média nacional de 1% do total de postos de trabalho, considerando a soma de 990 mil empregos diretos, indiretos, induzidos e catalisados pelo setor em todo o país em 2023. Em São Paulo, o setor aéreo representa 1,61% do total de empregos do estado, ultrapassando a marca de 300 mil ocupações.

Demanda e oferta doméstica da aviação brasileira já superam os números pré-pandemia

Considerando os dados do primeiro semestre, o ano de 2024 já supera em 3% a demanda observada em igual período de 2019 no mercado doméstico. A oferta de assentos-quilômetros (ASK) superou em 5,9% a disponibilidade observada no primeiro semestre de 2019.

No mercado internacional, que teve uma recuperação um pouco mais lenta em relação ao doméstico no pós-pandemia, a demanda no primeiro semestre de 2024 está apenas 1,2% abaixo dos índices de 2019. Na mesma comparação, a oferta medida em assentos-quilômetros está somente 3,3% inferior a 2019.

Crescimento expressivo na oferta de assentos

Dentro dos indicadores estaduais apresentados pelo novo Panorama, é possível consultar a variação da oferta de assentos por mercado. Os Estados do Acre, Pará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe tiveram aumento da oferta de assentos superior a 10% na comparação entre o primeiro semestre de 2024 e o mesmo período de 2023. Na Paraíba, líder desse crescimento, a oferta teve alta de 18,8%.

Mais aeroportos em operação no Brasil

O número de aeroportos que operam voos comerciais saltou de 161 em 2019 para 172 em 2024, o que, na avaliação do Panorama, demonstra o empenho do setor em expandir a conectividade do país, atendendo mais destinos e mais passageiros.

Pontualidade na aviação brasileira é maior do que na dos EUA

Nos primeiros seis meses de 2024, as decolagens de voos no Brasil foram mais pontuais que nos Estados Unidos, seguindo o critério de 15 minutos de tolerância. A pontualidade das empresas brasileiras chegou a 82,8%, enquanto nos EUA foi de 79,6%. No mesmo período, a regularidade de voos no Brasil chegou a 97%. Nos EUA, esse indicador foi de 98,4%.

Queda no número de reclamações na aviação brasileira

Desde 2021, o número de reclamações de passageiros na plataforma consumidor.gov tem registrado queda. Em 2020, quanto a pandemia de covid-19 praticamente "zerou" a aviação em todo o mundo, foram registradas 490 reclamações a cada 100 mil passageiros transportados. Naquele ano, o número de passageiros movimentados foi de 49,8 milhões (doméstico e internacional), quase a metade dos 100 milhões de passageiros transportados antes da pandemia. Já em 2021, o número de reclamações caiu para 192,5 a cada 100 mil passageiros. Em 2022, foi de 151. E, em 2023, chegou a 110,4, o que, segundo a Abear, mostra o esforço das companhias aéreas em melhorar a prestação de serviços.

Mais cargas na aviação brasileira

No primeiro semestre de 2024, o transporte de cargas (volumes embarcados) também já ultrapassou os números de 2019. Destaque para cargas movimentadas em voos internacionais, com crescimento de 7,3%. Em voos domésticos o aumento no número de toneladas transportadas foi de 0,6%.

Indicador na aviação comercial brasileiraValor em 2023Variação
Contribuição da aviação comercial ao PIBR$ 81 bilhões+3,8% em relação a 2022
Dinamização em saláriosR$ 34,7 bilhões+1,46% ante 2022
Tributos arrecadadosR$ 25,4 bilhões+19,25% ante 2022
Empregos formais na aviação comercial52.214+7,69% em relação a 2022
Variação do câmbio (janeiro/2018 - junho/2024)+67,9%-
Variação do QAV (janeiro/2018 - junho/2024)+48,5%-
Despesas dolarizadas das empresas aéreas60%-
Impacto do QAV nos custos do setor40%-
Aeroportos com voos comerciais em 202417211 a mais do que 2019
Pontualidade das empresas brasileiras (1º semestre de 2024)82,8%-

Fonte: Panorama da Aviação Abear

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