Demanda aérea global aumentou 21,5% em fevereiro, aponta Iata
Já a capacidade total, medida em assentos disponíveis por quilômetro, cresceu 18,7% no mês analisado
A Associação do Transporte Aéreo Internacional (Iata) divulgou os dados sobre a demanda global de passageiros de fevereiro de 2024, com os seguintes destaques:
- A demanda total, medida em passageiro pagante por quilômetro (RPKs) aumentou 21,5% em comparação com fevereiro de 2023. A capacidade total, medida em assentos disponíveis por quilômetro (ASKs), aumentou 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa de ocupação foi de 80,6% (aumento de 1,9 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023);
- A demanda internacional aumentou 26,3% em comparação com fevereiro de 2023. A capacidade subiu 25,5% em relação ao mesmo período do ano passado e a taxa de ocupação avançou para 79,3% (aumento de 0,5 ponto percentual em relação a fevereiro de 2023);
- A demanda doméstica aumentou 15% em comparação com fevereiro de 2023. A capacidade cresceu 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado e a taxa de ocupação foi de 82,6% (aumento de 4,2 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023).
Nota da Iata: "2024 é um ano bissexto, então fevereiro teve mais um dia em comparação com fevereiro de 2023. Isto eleva um pouco o crescimento da demanda e da capacidade."
"O forte início de 2024 continuou em fevereiro, com todos os mercados, exceto a América do Norte, relatando crescimento de dois dígitos no tráfego de passageiros."
Willie Walsh, diretor geral da Iata
"Há boas razões para estarmos otimistas quanto às perspectivas do setor em 2024, pois as companhias aéreas estão aumentando seus investimentos na descarbonização e a demanda de passageiros mostra resiliência face às incertezas geopolíticas e econômicas. É fundamental que os políticos resistam à tentação de ganhar dinheiro com novos impostos que podem desestabilizar esta trajetória positiva e encarecer as viagens. Em particular, a Europa é uma preocupação, pois parece determinada a manter a lenta recuperação econômica com propostas fiscais não competitivas", completou.
Mercados aéreos internacionais por região
Todas as regiões apresentaram crescimento de dois dígitos nos mercados internacionais de passageiros em fevereiro de 2024 em comparação com fevereiro de 2023. Pela primeira vez, a demanda por serviços internacionais ultrapassou os níveis pré-pandemia (aumento de 0,9% em comparação com fevereiro de 2019). No entanto, este resultado foi distorcido pelo fato de 2024 ser um ano bissexto e o mês de fevereiro ter um dia a mais em relação a fevereiro de 2023.
- As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico apresentaram aumento de 53,2% na demanda de fevereiro de 2024 em comparação com fevereiro de 2023. A capacidade cresceu 52,1% e a taxa de ocupação atingiu 84,9% (aumento de 0,6 ponto percentual em relação a fevereiro de 2023), a maior entre todas as regiões;
- As companhias aéreas da Europa registraram aumento de 15,9% na demanda de fevereiro de 2024 versus fevereiro de 2023. A capacidade aumentou 16,0% e a taxa de ocupação foi de 74,7% (sem alteração em relação a fevereiro de 2023);
- As companhias aéreas do Oriente Médio registraram aumento de 19,7% na demanda de fevereiro de 2024 em comparação com fevereiro de 2023. A capacidade cresceu 19,1% e a taxa de ocupação atingiu 80,8% (aumento de 0,4 ponto percentual em relação a fevereiro de 2023);
- As companhias aéreas da América do Norte apresentaram aumento de 16,0% na demanda de fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023. A capacidade aumentou 17,6% e a taxa de ocupação caiu para 77,7% (queda de 1,1 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023);
- As companhias aéreas da América Latina registraram aumento de 21,0% na demanda de fevereiro de 2024 em comparação com fevereiro de 2023. A capacidade cresceu 18,6% e a taxa de ocupação atingiu 84,2% (aumento de 1,7 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2023);
- As companhias aéreas da África registraram aumento de 20,7% na demanda de fevereiro de 2024 em comparação com fevereiro de 2023. A capacidade cresceu 22,1% e a taxa de ocupação caiu para 74,0% (queda de 0,8 ponto percentual em relação a fevereiro de 2023).