Aviação registra redução de acidentes fatais em 2022, diz Iata
Iata divulgou o Relatório de Segurança da aviação global de 2022; confira o documento
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou o Relatório de Segurança da aviação global de 2022. O documento apresentou redução no número de acidentes fatais e no risco de fatalidade em relação a 2021 e à média de cinco anos (2018-2022).
Os destaques incluem:
“Os acidentes são raros na aviação. Houve cinco acidentes fatais entre 32,2 milhões de voos em 2022. Isso nos diz que voar está entre as atividades mais seguras em que uma pessoa pode realizar. Mas, embora o risco de voar seja excepcionalmente baixo, não é isento de riscos. A análise cuidadosa das tendências que estão surgindo mesmo com esses altos níveis de segurança é o que tornará o voo ainda mais seguro. O relatório deste ano, por exemplo, nos diz que precisamos de um trabalho especial nas operações de aeronaves turboélice na África e na América Latina. A segurança é a maior prioridade da aviação e o nosso objetivo é fazer com que todos os voos decolem e pousem com segurança, independentemente da região ou tipo de aeronave”, disse Willie Walsh, diretor geral da Iata.
Apesar da redução no número de acidentes fatais, o número de mortes aumentou de 121 em 2021 para 158 em 2022. A maioria das mortes em 2022 ocorreu em um único acidente de aeronave na China que resultou a perda da vida de 132 pessoas. A companhia aérea envolvida não era associada à Iata, mas está no registro Iata Operational Safety Audit (IOSA). A segunda maior perda de vidas ocorreu em um acidente com uma companhia aérea associada à Iata na Tanzânia, que resultou em 19 mortes. Todas as companhias aéreas associadas à Iata são obrigadas a ter a certificação IOSA.
Em 2022, a taxa referente a todos os acidentes das companhias aéreas com certificação IOSA foi quatro vezes maior que a taxa das companhias aéreas sem certificação IOSA (0,70 versus 2,82). A taxa de acidentes de 2018-2022 das companhias aéreas com certificação IOSA foi mais que o dobro da média das companhias aéreas sem certificação IOSA (0,88 versus 2,19).
“A certificação IOSA continua o padrão global para auditorias de segurança operacional. As operadoras com certificação IOSA apresentam registros de segurança agregados quatro vezes acima em relação às operadoras sem IOSA - e isso claramente continua fazendo a diferença. Agora comemorando seu 20º aniversário, estamos fazendo a transição do programa IOSA para um modelo baseado em riscos. Ao focar nos riscos de segurança pertinentes enquanto mantém uma linha de base de segurança, o IOSA ajudará a elevar ainda mais o nível de segurança. Além disso, a Avaliação de Segurança Padrão da IATA (ISSA) para operadoras de aeronaves menores que não são elegíveis para o programa IOSA garante melhorias contínuas no desempenho de segurança em todo o ecossistema da aviação”, disse Walsh.
Seis regiões apresentaram melhoria ou nenhuma deterioração no índice de perda de fuselagem de aeronave turbo em 2022 em relação à média de cinco anos. As duas regiões que apresentaram aumento na comparação com a média de cinco anos foram América Latina/Caribe e África Subsaariana.
“Tanto a África Subsaariana quanto a América Latina registraram aumentos nos acidentes com aeronave turboélice no ano passado. A introdução e adesão a padrões globais (incluindo IOSA) são fundamentais para reverter essa tendência. A prioridade para a África continua a implementação das normas e práticas recomendadas (SARPS) relacionadas à segurança da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI)”, disse Walsh.
No final de 2022, cerca de 28 países africanos (61%) apresentaram taxa de Implementação Efetiva das SARPS da OACI de 60% ou mais, que permanece sem mudanças desde 2021. Maior atenção está sendo dedicada para abordar os elementos críticos das SARPS da OACI.
“Construir um ambiente rico em dados em toda a África também é essencial para fornecer melhorias regionais, como o programa de Gerenciamento de Dados Globais da Aviação (Global Aviation Data Management) da Iata”, disse Walsh.
“Sobre a América Latina, a região deu um passo para trás em 2022, depois de registrar melhorias constantes de segurança por vários anos. Trabalhando com autoridades do governo e do setor por meio de órgãos como o Grupo Regional de Segurança da Aviação Pan-Americana (Regional Aviation Safety Group Pan America), a Iata está ajudando a fornecer ferramentas para permitir que as autoridades e as operadoras apoiem a adoção das melhores práticas de segurança. No nível local, equipes de segurança colaborativas e equipes de segurança de pista estão usando o banco de dados de segurança GADM da Iata e outras fontes de dados para identificar e mitigar riscos”, disse Walsh.
Confira o Relatório de Segurança da Iata completo.
Os destaques incluem:
- Em 2022, ocorreram cinco acidentes fatais com perdas de vidas de passageiros e tripulantes. Contudo, esse número representa uma redução em comparação com os sete acidentes fatais relatados em 2021 e uma melhoria na média de cinco anos (2018-2022), que também foi de sete;
- A taxa de acidentes fatais melhorou para 0,16 por milhão de setores em 2022, em relação a 0,27 por milhão de setores em 2021, e também em relação à taxa de acidentes fatais no período de cinco anos de 0,20;
- A taxa referente a todos os acidentes foi de 1,21 por milhão de setores, que representa uma redução em comparação com a taxa de 1,26 acidentes no período de cinco anos de 2018-2022, mas um aumento em relação a 1,13 acidentes por milhão de setores em 2021;
- O risco de fatalidade caiu de 0,23 em 2021 para 0,11 e 0,13 no período de cinco anos (2018-2022);
- As companhias aéreas associadas à Iata sofreram um acidente fatal em 2022, com 19 mortes.
“Os acidentes são raros na aviação. Houve cinco acidentes fatais entre 32,2 milhões de voos em 2022. Isso nos diz que voar está entre as atividades mais seguras em que uma pessoa pode realizar. Mas, embora o risco de voar seja excepcionalmente baixo, não é isento de riscos. A análise cuidadosa das tendências que estão surgindo mesmo com esses altos níveis de segurança é o que tornará o voo ainda mais seguro. O relatório deste ano, por exemplo, nos diz que precisamos de um trabalho especial nas operações de aeronaves turboélice na África e na América Latina. A segurança é a maior prioridade da aviação e o nosso objetivo é fazer com que todos os voos decolem e pousem com segurança, independentemente da região ou tipo de aeronave”, disse Willie Walsh, diretor geral da Iata.
Risco de fatalidade
O risco de fatalidade de 0,11 do setor em 2022 significa que, em média, uma pessoa precisaria pegar um voo todos os dias durante 25.214 anos para sofrer um acidente 100% fatal. Esta é uma melhoria em relação à taxa de mortalidade no período de cinco anos (média de 22.116 anos).Apesar da redução no número de acidentes fatais, o número de mortes aumentou de 121 em 2021 para 158 em 2022. A maioria das mortes em 2022 ocorreu em um único acidente de aeronave na China que resultou a perda da vida de 132 pessoas. A companhia aérea envolvida não era associada à Iata, mas está no registro Iata Operational Safety Audit (IOSA). A segunda maior perda de vidas ocorreu em um acidente com uma companhia aérea associada à Iata na Tanzânia, que resultou em 19 mortes. Todas as companhias aéreas associadas à Iata são obrigadas a ter a certificação IOSA.
IOSA
IOSA é o padrão global utilizado pelo setor em auditorias de segurança operacional das companhias aéreas. Este padrão é usado por várias autoridades em seus programas de segurança regulatória. Atualmente, 409 companhias aéreas possuem a certificação IOSA, incluindo 107 que não são membros da Iata.Em 2022, a taxa referente a todos os acidentes das companhias aéreas com certificação IOSA foi quatro vezes maior que a taxa das companhias aéreas sem certificação IOSA (0,70 versus 2,82). A taxa de acidentes de 2018-2022 das companhias aéreas com certificação IOSA foi mais que o dobro da média das companhias aéreas sem certificação IOSA (0,88 versus 2,19).
“A certificação IOSA continua o padrão global para auditorias de segurança operacional. As operadoras com certificação IOSA apresentam registros de segurança agregados quatro vezes acima em relação às operadoras sem IOSA - e isso claramente continua fazendo a diferença. Agora comemorando seu 20º aniversário, estamos fazendo a transição do programa IOSA para um modelo baseado em riscos. Ao focar nos riscos de segurança pertinentes enquanto mantém uma linha de base de segurança, o IOSA ajudará a elevar ainda mais o nível de segurança. Além disso, a Avaliação de Segurança Padrão da IATA (ISSA) para operadoras de aeronaves menores que não são elegíveis para o programa IOSA garante melhorias contínuas no desempenho de segurança em todo o ecossistema da aviação”, disse Walsh.
Taxas de perda total da fuselagem de aeronave jato por região das operadoras (a cada um milhão de voos)
A taxa média global de perda de fuselagem de aeronave jato aumentou um pouco em 2022 em relação à média de cinco anos (2018-2022). Cinco regiões apresentaram melhorias ou nenhuma deterioração em comparação com a média de cinco anos.Taxas de perda total da fuselagem de aeronave turboélice por região das operadoras (a cada um milhão de voos)
O número de acidentes com aeronave turboélice diminuiu em 2022 em comparação com 2021, mas representou quatro dos cinco acidentes fatais no ano passado, com perda de vidas de passageiros e tripulantes a bordo. Embora os setores com voos realizados por aeronave turboélice representem apenas 10,6% do total, a aeronave turboélice esteve envolvida em 36% de todos os acidentes, 80% dos acidentes fatais e 16% das mortes em 2022.Seis regiões apresentaram melhoria ou nenhuma deterioração no índice de perda de fuselagem de aeronave turbo em 2022 em relação à média de cinco anos. As duas regiões que apresentaram aumento na comparação com a média de cinco anos foram América Latina/Caribe e África Subsaariana.
“Tanto a África Subsaariana quanto a América Latina registraram aumentos nos acidentes com aeronave turboélice no ano passado. A introdução e adesão a padrões globais (incluindo IOSA) são fundamentais para reverter essa tendência. A prioridade para a África continua a implementação das normas e práticas recomendadas (SARPS) relacionadas à segurança da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI)”, disse Walsh.
No final de 2022, cerca de 28 países africanos (61%) apresentaram taxa de Implementação Efetiva das SARPS da OACI de 60% ou mais, que permanece sem mudanças desde 2021. Maior atenção está sendo dedicada para abordar os elementos críticos das SARPS da OACI.
“Construir um ambiente rico em dados em toda a África também é essencial para fornecer melhorias regionais, como o programa de Gerenciamento de Dados Globais da Aviação (Global Aviation Data Management) da Iata”, disse Walsh.
“Sobre a América Latina, a região deu um passo para trás em 2022, depois de registrar melhorias constantes de segurança por vários anos. Trabalhando com autoridades do governo e do setor por meio de órgãos como o Grupo Regional de Segurança da Aviação Pan-Americana (Regional Aviation Safety Group Pan America), a Iata está ajudando a fornecer ferramentas para permitir que as autoridades e as operadoras apoiem a adoção das melhores práticas de segurança. No nível local, equipes de segurança colaborativas e equipes de segurança de pista estão usando o banco de dados de segurança GADM da Iata e outras fontes de dados para identificar e mitigar riscos”, disse Walsh.
Confira o Relatório de Segurança da Iata completo.