Karina Cedeño   |   16/01/2023 18:57
Atualizada em 16/01/2023 19:00

Tráfego aéreo global atingirá níveis pré-pandêmicos em junho

Os dados são de estudo feito pela empresa de leasing de aeronaves Avolon

Pixabay
Após uma queda de dois terços no tráfego causada pela pandemia, as companhias aéreas estão desfrutando de tarifas e taxas de ocupação mais altas
Após uma queda de dois terços no tráfego causada pela pandemia, as companhias aéreas estão desfrutando de tarifas e taxas de ocupação mais altas
Um levantamento feito pela empresa de leasing de aeronaves Avolon mostra que o tráfego aéreo global atingirá os níveis pré-pandêmicos em junho deste ano, fator impulsionado pela China, que suspendeu recentemente a exigência de quarentena para os viajantes.

Um em cada dois assentos adicionados agora pelas companhias aéreas está na Ásia, de acordo com o estudo Outlook 2023 da Avolon. O levantamento também mostra que um lucro de US$ 4,7 bilhões está previsto para 2023 no setor aéreo. Embora a capacidade esteja 25% abaixo dos níveis de 2019, as receitas estão apenas 13% menores, pois as companhias aéreas flexionam seu poder de precificação e aumentam as tarifas.

“A reabertura do segundo maior mercado de aviação do mundo, a China, levará a um rápido aumento no tráfego aéreo de passageiros. Após uma queda de dois terços no tráfego causada pela pandemia, as companhias aéreas estão desfrutando de tarifas e taxas de ocupação mais altas", destaca o CEO da Avolon, Andy Cronin.

Em uma previsão divulgada no mês passado, a Iata previu que as companhias aéreas teriam lucro de US$ 4,7 bilhões este ano, apesar dos temores de uma recessão global. A Avolon compartilha essa expectativa em seu relatório.

Essa seria a primeira vez que o setor teria lucro desde 2019. Atualmente, o tráfego aéreo global foi retomado para aproximadamente 75% dos níveis de novembro de 2019, de acordo com a Iata. “Agora os principais desafios incluem a disponibilidade limitada de aeronaves e a necessidade de fazer mais progressos na descarbonização.”, destaca Cronin.

Confira, a seguir, mais insights trazidos pelo estudo:

  • A rápida recuperação das viagens aéreas está gerando uma necessidade crescente de novas aeronaves, mas a cadeias de suprimento estão sobrecarregadas e aeronaves usadas ainda estão disponíveis para atender à demanda. A Airbus e a Boeing têm como meta a produção combinada de 140 aeronaves de corredor único e 24 de corredor duplo por mês até 2025, mas tais metas serão adiadas em um ano;
  • 100 novas companhias aéreas iniciaram operações nos últimos três anos, capitalizando aeronaves e tripulações disponíveis. A consolidação substituirá a fragmentação em 2023 e as startups sem nichos competitivos serão forçadas a sair;
  • O volume de Combustível de Aviação Sustentável (SAF) sob contratos de aquisição duplica: Os contratos de aquisição reduzem o risco do financiamento de projetos ao garantir receitas futuras. A ICAO rastreia 40 bilhões de litros de SAF sob acordos hoje. Esse número será ampliado para 80 bilhões.


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