Iata explica ações para tornar viagens aéreas mais sustentáveis
Dany Oliveira, country director da Iata no Brasil, esteve no Lufthansa Group Master Class 2022

O setor de transportes representa 16,2% desses 50 bilhões de toneladas, sendo que o transporte rodoviário é o principal emissor com 11,9%, e o transporte aéreo gera 1,9% de todas as emissões globais de GEE. "Para nós isso é um 100% e vamos trabalhar muito para reduzir essa emissões", afirmou Annette Taueber, diretora geral do Lufthansa Group para o Brasil.
De acordo com Dany Oliveira, este trabalho já está sendo feito e a emissão de 11 bilhões de toneladas de CO2 foi evitada desde 1990 graças ao investimento em novas tecnologias e melhorias operacionais, enquanto as emissões por passageiro foram reduzidas em mais de 54%. No entanto, ele afirma que há um desafio atual de "reduzir progressivamente as emissões enquanto atende à crescente demanda das pessoas que querem voar".
Olhando para o futuro, a meta é dominar este desafio e eliminar a emissão de 21,2 bilhões de toneladas de CO2 emitidas até 2050. Para isso, Dany Oliveira defende um "esforço coletivo para acabar com a dependência de combustíveis fósseis".
MISSÃO GLOBAL
Dany de Oliveira explicou o Commitment to Fly Net Zero 2050, um compromisso para alcançar zero emissões líquidas de carbono até 2050, apoiado por medidas aceleradas de: eficiência, transição energética e inovação em todo o setor de aviação.COMO ZERAR O CO2?
Para zerar as emissões, Dany defende uma combinação de medidas: SAF, o combustível sustentável de aviação; compensação e captura de CO2; novas tecnologias, como a "pele de tubarão" que aumenta a aerodinâmica de aeronaves reduzindo uso de combustível; além de melhorias operacionais e de infraestrutura.
SUSTAINABLE AVIATION FUEL
SAF é o combustível líquido que pode reduzir as emissões de CO2 em até 80% e é produzido a partir de várias fontes, incluindo reciclagem de óleos, efluentes, resíduos sólidos, biomassa, etc. É sustentável pois não pode é feito de matéria-prima que utilize solo das culturas alimentares, destrua florestas ou prejudique a qualidade e disponibilidade da água.Dany explicou que em 2050, a capacidade anual de produção de SAF precisará ser de 450 bilhões de litros para atender a demanda global. E o Brasil pode ter um papel importante nisso: "Brasil tem a condição de ser um dos maiores, senão o maior produtor de SAF do mundo", afirmou o executivo da Iata, que defende um apoio governamental e estruturação dessa produção para um futuro próximo.