ITA entra no mercado com preço médio até 65% mais baixo
Companhia pratica menor tarifa média em quatro das cinco rotas analisadas pelo Viajala
Lançada oficialmente no dia 21 de maio, a ITA Transportes Aéreos adiou seu voo inaugural de março para junho deste ano, e a compra de passagens, que também havia sido adiada, passou a ser permitida. O buscador de voos Viajala fez um estudo comparativo entre os preços praticados pela ITA em cinco rotas lançadas pela empresa e os preços praticados por outras companhias nacionais, como Azul, Gol e Latam, nas mesmas datas. Segundo o levantamento, a ITA apresenta o menor preço médio em quatro das cinco rotas estudadas, com tarifas até 65% mais baixas do que as concorrentes.
ROTAS MAIS BARATAS
O estudo levou em conta a opção mais barata apresentada por cada companhia e a média dos preços durante o mês de julho, considerado de alta temporada. Veja destaques:
- Belo Horizonte-Porto Seguro: média de preço da ITA é de 29% a 65% mais baixa;
- Porto Alegre-Guarulhos, 27% a 35% mais barata;
- Guarulhos-Galeão, 20% a 30% mais barata;
- Brasília-Guarulhos, média de 32% mais barata;
- Guarulhos-Curitiba, 26% a 42% mais barata.
GUARULHOS-GALEÃO, MENOR PREÇO ENCONTRADO
Em relação ao preço mais baixo encontrado, a companhia se destacou na rota entre Guarulhos e Galeão, com tarifa de R$ 212 - de 9% a 14% mais baixa que o menor valor praticado pelas companhias Gol e Latam.
"A ITA está praticando, por enquanto, o mesmo preço em todos os dias do mês de julho nas rotas que analisamos. Sendo assim, é mais difícil que ela apresente o preço absoluto mais baixo, já que ele não flutua, mas a estabilidade garante esta média de preços menor", ressalta o VP de Vendas e cofundador do Viajala, Josian Chevallier.
ESPAÇO DEIXADO PELA QUEBRA DA AVIANCA
Outra companhia aérea nacional, a low cost Nella Airlines, focada no mercado regional e com forte presença no Nordeste, também deve voar ainda este ano. A proposta da empresa é reduzir em até 40% os preços das passagens compradas de última hora. "Apesar do timing ser delicado, a notícia de novas companhias aéreas nacionais deve ser celebrada pelos viajantes brasileiros e dá uma esperança de viagens mais baratas quando tudo isso passar", disse Chevallier.
Desde a quebra da Avianca, no primeiro semestre de 2019, a competitividade em várias rotas caiu consideravelmente, aumentando os preços médios das passagens. Diante desse cenário, o Viajala fez um levantamento para diagnosticar o aumento do preço das passagens aéreas, analisando uma amostragem de 100 mil buscas em 100 rotas nacionais. A conclusão foi de que 85% das rotas apresentaram aumento de preço médio assim que a quebra da Avianca foi anunciada. As passagens nas rotas analisadas ficaram de 11% a 218% mais caras. Em 22% dos casos, o aumento foi de mais de 100% no valor praticado.
"Enquanto outros países têm mais companhias aéreas nacionais — a Colômbia, por exemplo, têm sete, inclusive low costs — o Brasil tinha, até o momento, apenas três em operação, e a entrada de novas empresas deve dar mais competitividade ao mercado no pós-crise", conclui o executivo do Viajala.