Peru foi o país sul-americano que mais perdeu turistas internacionais
Segundo a GlobalData, o Turismo internacional na região não atingirá os níveis pré-pandemia até 2022
De acordo com o relatório da GlobalData, o Peru foi o país da América do Sul mais afetado pela pandemia, com uma queda de 73% no número de visitantes internacionais, seguido pela Venezuela (-71%) e Equador (-70%). Já o Chile foi o país menos afetado da região, com uma queda de 25% nas chegadas internacionais, seguido pela Argentina (-27%) e Colômbia (-30%). Como resultado, a empresa prevê que o mercado de Turismo internacional da América do Sul não atingirá os níveis pré-pandemia até pelo menos 2022.
No entanto, países com diversidade geográfica parecem se sair melhor do que áreas mais centralizadas na região. O Chile e a Argentina têm paisagens e climas diversos, desde desertos até geleiras e montanhas, o que atrai turistas de diferentes perfis. Assim, o Turismo nessas regiões caiu apenas 25%. Da mesma forma, a localização é um fator essencial para a recuperação do destino, segundo a GlobalData. A Colômbia, por exemplo, pode atrair turistas dos Estados Unidos por meio de voos curtos e passagens aéreas de baixo custo.
"Fora da América do Sul, os EUA continuam sendo o mercado de origem mais significativo da América do Sul. A Colômbia, em particular, teve um crescimento considerável nos últimos anos, com o Turismo nos Estados Unidos crescendo 180% entre 2009 e 2019. Como resultado, o Turismo internacional da Colômbia ajudará a impulsionar a recuperação da América do Sul, com previsão de que o número de turistas em 2019 atinja níveis pré-pandêmicos já no final de 2021", disse o analista de Turismo da GlobalData, Craig Bradley.
As viagens intra-regionais são igualmente importantes para a recuperação do setor na América do Sul. Brasil, Venezuela e Argentina são os mercados de origem mais significativos para muitos países devido à acessibilidade e laços familiares. "Viajar para visitar amigos e parentes é o segundo motivo de férias mais popular para os sul-americanos, com muitas populações tendo laços familiares em todo o continente. Portanto, a recuperação da indústria do Turismo dependerá em grande parte da liberdade de movimento, da infraestrutura e dos custos econômicos das viagens", ressaltou Bradley.