Tráfego global de passageiros registra queda de 64,4% em 2020
Segundo o ACI World, o início da retomada do tráfego aéreo não tem ocorrido de maneira uniforme no mundo

Os dados revelam ainda que o Aeroporto Internacional Guangzhou Bai Yun, na China, registrou o maior tráfego de passageiros em 2020, seguido do Aeroporto Internacional Atlanta Hartsfield-Jackson, nos Estados Unidos. Sete dos dez principais aeroportos em volume de tráfego de passageiros estão na China e três nos EUA. Na maioria dos casos, as viagens aéreas domésticas estão voltando com recuperação modesta, enquanto as viagens aéreas internacionais continuam retraídas devido às contínuas restrições de mobilidade.

CARGA AÉREA
A carga aérea foi menos impactada pela covid-19, com queda nos volumes transportados de apenas 8,9%, com uma estimativa de 109 milhões de toneladas métricas em 2020, o equivalente aos níveis de 2016 (110 milhões de toneladas métricas). Os volumes de carga aérea nos dez principais aeroportos cresceram 3% em 2020. Esses terminais representam cerca de 28% (30,6 milhões de toneladas métricas) dos volumes globais em 2020. O ganho pode ser atribuído ao aumento da demanda por bens de consumo on-line e produtos farmacêuticos e equipamentos de proteção individual. Com um aumento de 6,7%, o Aeroporto Internacional de Memphis ultrapassou o Aeroporto Internacional de Hong Kong.
MOVIMENTAÇÃO DE AERONAVES
O ACI World estima que houve 58 milhões de movimentos de aeronaves em todo o mundo em 2020, o que representou uma queda de 43% em relação a 2019. Os dez principais aeroportos representam 7% do tráfego global (4,2 milhões de movimentos) e tiveram uma queda de 34,3% em relação ao ano anterior. O Aeroporto Internacional Atlanta Hartsfield-Jackson ultrapassou o Aeroporto Internacional O'Hare de Chicago, após estar na liderança em 2019 e 2018.
"Não há como negar as realidades econômicas atuais - e o déficit financeiro que elas criam - que os aeroportos enfrentam. Os aeroportos são geradores econômicos, trazendo benefícios socioeconômicos e empregos para as comunidades que atendem, e os governos precisam proporcionar o alívio financeiro e a assistência necessários para a adequação às circunstâncias locais. Os operadores de aeroporto também continuam a trabalhar em estreita colaboração com as companhias aéreas parceiras e outras partes interessadas, equilibrando as realidades atuais do mercado com o custo de fornecer a infraestrutura à medida que navegam juntos na crise", ressaltou o diretor-geral.