Aviação registra 5 acidentes fatais e 132 vítimas em 2020
O número total de acidentes diminuiu de 52 em 2019 para 38 em 2020, de acordo com a Iata
De acordo com o Relatório de Segurança da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), o número total de acidentes diminuiu de 52 em 2019 para 38 em 2020, enquanto o número total de acidentes fatais diminuiu de oito em 2019 para cinco em 2020, totalizando 132 mortes. A taxa de todos os acidentes foi de 1,71 por milhão de voos, maior do que a taxa média de cinco anos (2016-2020), que é de 1,38 acidentes por milhão de voos. A taxa de acidentes das companhias aéreas membros da Iata foi de 0,83 por milhão de voos, o que também representa uma melhoria em relação à taxa média de cinco anos de 0,96.
O risco de fatalidades permaneceu inalterado em comparação com a média de cinco anos (0,13). Com essa taxa, uma pessoa teria que viajar de avião todos os dias durante 461 anos antes de sofrer um acidente com pelo menos uma fatalidade. Em média, uma pessoa teria que viajar todos os dias durante 20.932 anos para sofrer um acidente 100% fatal.
"Voar é seguro, embora a indústria tenha dado um passo para trás no desempenho em 2020. A redução drástica no número de voos ampliou o impacto de cada acidente quando calculamos as taxas. Mas os números não mentem e não permitiremos que isso se torna uma tendência. Teremos um foco ainda maior na segurança durante esse período de operações reduzidas e na medida em que os voos forem retomados", disse o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.
Pela primeira vez em mais de 15 anos, não houve acidentes por perdas de controle durante o voo, que foram respnsáveis pela maior parcela de fatalidades desde 2016. "A ausência de tais eventos em 2020 foi uma evolução positiva. No entanto, com base nos relatórios iniciais da investigação sobre a trágida perda do Sriwijaya Air SJ 182 no início de 2021, devemos continuar aprendendo e melhorando", disse de Juniac.
ACIDENTES POR REGIÃO
A taxa média global de perda do casco aumentou ligeiramente em 2021, em comparação com a média de cinco anos (2016-2020), apesar da melhora em cinco regiões. Seis regiões apresentaram taxas melhores ou inalteradas em relação a acidentes com perdas de casco de aviões turboélices em 2020, quando comparado com suas respectivas médias de cinco anos. Os acidentes envolvendo aeronaves turboélices representaram 29% de todos os acidentes e 40% dos acidentes fatais em 2020.As companhias aéreas baseadas na África Subsaariana sofrerem seis acidentes no ano passado, dentre eles dois fatais. Esse é o mesmo número de acidentes fatais ocorridos em 2019, mas o risco de fatalidade aumentou devido à redução do número de voos. Já as companhias sediadas na região da Comunidade de Estados Independentes (CEI) não tiveram acidentes fatais em 2020, o que representa uma melhora significativa em comparação com 2019. A taxa de perda do casco do jato para as companhias aéreas da CEI em 2020 melhorou em comparação com 2019, mas diminuiu em comparação com a média de cinco anos (2016-2020) e foi a mais alta entre as regiões.