Transporte aéreo de carga continua recuperação lenta
A demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro, caiu 17,6% em junho comparado a 2019.

"O transporte aéreo de carga está, de longe, mais saudável do que o mercado de passageiros, mas os negócios continuam enfrentando desafios. Embora a atividade econômica esteja sendo retomada após grandes interrupções por causa da pandemia, não houve um grande aumento na demanda. A corrida para levar equipamentos de proteção individual (EPIs) aos vários mercados diminuiu com a normalização das cadeias de suprimentos, permitindo que os despachantes usem opções mais baratas, como o transporte marítimo e ferroviário. Além disso, a crise de capacidade continua por conta do ritmo mais lento na retomada das operações de passageiros", disse o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

A capacidade global, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs), diminuiu 34,1% em junho (queda de 33,9% nas operações internacionais) em relação ao ano anterior, resultado semelhante à queda de 34,8% registrada em maio.
A capacidade de transporte de carga internacional em aeronaves de passageiros diminuiu 70% em junho em relação ao ano anterior, devido à interrupção de voos de passageiros por causa da covid-19. Isso foi parcialmente compensado pelo aumento de 32% na capacidade com o uso otimizado de aeronaves de carga.
As transportadoras da América Latina registraram queda anual de 29,4% na demanda internacional em junho - o pior desempenho entre todas as regiões. A capacidade internacional diminuiu 43,6%, indicando uma considerável redução. A pandemia apresenta desafios específicos para as companhias aéreas da América Latina devido às rigorosas medidas de bloqueio.