Slots não são ativos de uma empresa aérea, diz especialista
Especialista em recuperação e sócio do escritório Vinhas e Redenschi, Tony Rivera faz previsões das próximas ações da companhia aérea em RJ .
Mais uma vez, a PANROTAS traz temas atuais para o seu programa Bastidores do Turismo. Nesta semana, a crise financeira da Avianca Brasil é fio condutor do bate papo entre o CCO e editor-chefe da editora, Artur Luiz Andrade, e o advogado especialista em recuperação judicial e sócio do escritório Vinhas e Redenschi, Tony Rivera.
Na primeira parte da entrevista, Rivera traz uma análise sobre o que é e como funciona de fato o processo de recuperação judicial no Brasil. Segundo ele, a cada quatro empresas que entram em RJ, apenas uma sai com êxito. "Um dos grandes desafios é que o processo muitas vezes ainda não acompanha a vida real em agilidade e velocidade", explica o advogado. Nascimento Turismo, Varig e Vasp são exemplos de empresas que não conseguiram sair da recuperação judicial e decretaram falência. Por outro lado, na própria aviação, há a Passaredo, que conseguiu se recuperar e segue operando normalmente.
Especificamente no caso da Avianca Brasil, um dos últimos acontecimentos foi o leilão dos slots que, na opinião do advogado e especialista, não deve ser considerado válido. “Slots não são ativos da companhia e, portanto, não poderiam ser leiloados”, afirma. Na sequência, o profissional explica o que esperar dos passos seguintes ao certame, como por exemplo, quem tem prioridade de pagamento, funcionários ou credores?
Para Rivera, a lei da oferta e demanda deve conduzir o segmento nos próximos meses.Com menos concorrência, a tendência é que os preços das passagens subam. Ainda assim, há um contraponto, pois duas realidades podem inibir o aumento de tarifas, ou pelo menos controlá-lo: estímulo do governo para que companhias internacionais voem no Brasil e a concorrência entre as demais companhias ainda em operação no Brasil: Azul, Latam e Gol.
Assista à entrevista completa no player abaixo: