Karina Cedeño   |   20/12/2022 13:37
Atualizada em 20/12/2022 13:39

Grupo Latam firma aliança com Fundação Cataruben para preservar florestas

Localizado na Orinoquia colombiana, o projeto prevê capturar 11,3 milhões de toneladas de CO2 até 2030


Divulgação
O projeto prevê capturar 11,3 milhões de toneladas de CO2 até 2030 em uma área de 575 mil hectares
O projeto prevê capturar 11,3 milhões de toneladas de CO2 até 2030 em uma área de 575 mil hectares
O Grupo Latam anunciou hoje (20) uma aliança com a Fundação Cataruben no projeto CO2Bio, que visa consevrar e restaurar planícies inundadas e florestas na América do Sul. Localizado na Orinoquia colombiana, o projeto prevê capturar 11,3 milhões de toneladas de CO2 até 2030 em uma área de 575 mil hectares, o equivalente a mais de três vezes o tamanho de cidades como Bogotá e São Paulo. Também beneficiará 700 famílias da região, além de contar com o apoio do Programa de Riquezas Naturais da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional - USAID.

A aliança com o CO2Bio integra a estratégia de sustentabilidade da companhia aérea, que tem como metas o crescimento neutro em carbono com relação a 2019, reduzir/compensar o equivalente a 50% das emissões domésticas até 2030 e ser uma companhia neutra em carbono até 2050. Tais objetivos serão alcançados por meio da implantação de novas tecnologias e uma gestão mais eficiente, avançando no uso de combustíveis sustentáveis de aviação e por meio de programas de compensação com foco na conservação de ecossistemas estratégicos.

“Com esta nova aliança estratégica com a Cataruben, a Latam reafirma o seu compromisso de promover um modelo de compensação colaborativa que não apenas impacte as mudanças climáticas por meio de uma maior captura de CO2, mas também contribua para melhorar a qualidade de vida das comunidades e a proteção da biodiversidade”, afirma o CEO do Grupo Latam, Roberto Alvo.


COMO FUNCIONA O PROJETO

O CO2Bio promove e implementa planos de conservação com base em critérios de sustentabilidade e uso histórico da terra, envolvendo a comunidade em ações de proteção, além de estabelecer boas práticas para que possam fazer uso sustentável dos recursos disponíveis neste importante ecossistema.

Além da proteção dos principais ecossistemas, como as zonas úmidas continentais, o projeto abriga mais de 2 mil espécies, incluindo 7 espécies de aves vulneráveis, 5 espécies de borboletas ameaçadas de extinção, além de outras espécies em estado de vulnerabilidade ou perigo crítico que tornam urgente este tipo de projeto focado na proteção de seu habitat.

"Na Orinoquia colombiana convergem 3 elementos fundamentais para o cumprimento dos objetivos que nos propusemos como humanidade: conservar a biodiversidade, proteger os recursos hídricos e aumentar a captura de carbono, características que compartilhamos com diferentes áreas da América do Sul e que esperamos que possam servir de exemplo para implementar mecanismos semelhantes em outros países da região, onde as comunidades estão ativamente envolvidas na conservação de ecossistemas estratégicos para o mundo", comenta o gerente da Estratégia de Biodiversidade, Carbono e Água da Fundação Cataruben, Eduwin Hincapié.


Programas de compensação
A Latam promove programas de compensação com foco na conservação de ecossistemas estratégicos. Para isso, considera vários aspectos. Por um lado, os projetos devem ser colaborativos e incluir ecossistemas estratégicos capazes de absorver grandes quantidades de CO2, além de contar com comunidades capazes de protegê-los.
Em termos de critérios de elegibilidade, deve ser um projeto com foco em soluções baseadas na natureza, que tenham co-benefícios ambientais, sociais e econômicos, e esteja vinculado à comunidade, que tenha aliados que potencializam as suas ações e que o projeto seja escalável - ou seja, que tenha potencial para gerar cada vez mais impacto positivo.

Projetos similares no Brasil
Em agosto deste ano, o Grupo Latam anunciou a sua primeira aliança com um projeto para a conservação de um ecossistema icônico do Brasil: o Projeto REDD+ Jari-Amapá. A iniciativa da Biofílica Ambipar (empresa brasileira focada na conservação de florestas nativas por meio da comercialização de serviços ambientais) protege 65 mil hectares da floresta nos municípios amapaenses de Laranjal do Jari e Vitória do Jari, em plena Amazônia, ajudando a manter em pé cerca de 2,5 mil árvores no Amapá.

Além disso, a aérea seguirá buscando novas iniciativas de conservação de alto valor ambiental e social com o envolvimento das comunidades dos países onde atua como o projeto CO2Bio, priorizando esforços no Brasil, Chile, Peru e Equador.

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