Rodrigo Vieira   |   03/12/2019 12:55

Branson desiste de vender 31% da Virgin à Air France-KLM

O acordo do qual o magnata britânico desistiu havia sido anunciado em 2017, quando a Delta bateu o martelo por 10% da Air France-KLM; leia na PANROTAS


Divulgação/ Virgin Galactic
Richard Branson, que com a decisão permanece proprietário majoritário de sua 'filha'
Richard Branson, que com a decisão permanece proprietário majoritário de sua 'filha'
Richard Branson voltou atrás nos planos de vender 31% do capital da Virgin Atlantic para a Air France-KLM e vai permanecer com 51% do controle da companhia aérea. Os 49% restantes são de posse da Delta Air Lines.

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O acordo do qual o magnata britânico desistiu havia sido anunciado em 2017, quando a Delta bateu o martelo por 10% da Air France-KLM. Na ocasião, a companhia norte-americana, a franco-holandesa e a Virgin Atlantic assinaram joint venture de longo prazo, sustentado por um investimento de 31% da AFKLM pela Virgin Atlantic. Agora esta última ação será descartada, caso os órgãos reguladores aprovem.

A Delta, portanto, permanecerá com 49% da Virgin Atlantic, e o Grupo Virgin, de Branson, mantém o controle da aérea em 51%. Apesar da desistência de vender quase um terço para a Air France-KLM, a Virgin promete que permanecerá com laços estreitos neste "triângulo".

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Vale lembrar que a partir de março de 2020 a Virgin Atlantic vai estrear no Brasil, com a rota São Paulo-Londres.

VIRGIN ATLANTIC É COMO FILHA

O valor afetivo da Virgin Atlantic na vida de Branson pesou na decisão do empreendedor. "Eu sempre vi a Virgin Atlantic como uma das minhas crianças. A companhia nasceu há 35 anos, junto com Holly e Sam (filhos do empresário), com um 747 de segunda mão, compradas de companhias como a British Airways, America Airlines e PanAM, para nomear algumas", revela, em carta para funcionários da Virgin Atlantic e da operadora Virgin Holidays.

"Lá em 2018, quando a British Airways tentou fundir com a American Airlines, batalhamos contra o negócio em nome dos interesses de nossos clientes, com a campanha No Way BA/AA. Competir com a British por conta própria sempre foi uma missão complicada, mas competir com a combinação entre British e American seria impossível", relembra Branson.

E continua: "quando vimos essa movimentação de parceria entre BA e AA, procuramos uma aliança para proteger nossa querida 'criança' para os anos seguintes. Precisávamos confiar no poder dos irmãos."

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