Rotas aéreas novas e reativadas respondem por 15% do volume nas Américas
Dados da Iata revelam que, em 2023, 86% das rotas aéreas operadas eram recorrentes nas Américas
Um estudo divulgado pelo Country Director da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) para o Brasil, Dany Oliveira, revelou um panorama completo do que ele chama de "rotatividade dinâmica de rotas", que vêm sinalizando padrões de demanda na aviação comercial.
Em 2023, por exemplo, 67 mil rotas individuais, regularmente programadas, foram operadas globalmente. Desse número total, mais de 4,2 mil (equivalente a 6%) não foram operadas em nenhum momento entre 2014 e 2022.
A maioria dessas rotas totalmente novas, cerca de 3,4 mil, está relacionada a viagens dentro da própria região, o que inclui uma atividade significativa nos mercados domésticos, com 619 novas rotas nos Estados Unidos, 514 na China e 175 novas rotas na Ìndia, por exemplo.
No caso das Américas, onde está o Brasil, 86% das rotas aéreas operadas eram recorrentes, ou seja, já vinham sendo operadas de maneira regular em 2023 e nos últimos anos. Já 6% das rotas aéreas eram novas, ou seja, inéditas e nunca operadas, enquanto outros 9% era de rotas reativadas, que já foram operadas por aqui antes de 2014. Com isso, em 2023, 15% das rotas aéreas operadas no Brasil eram novas ou reativadas.
Um total de 5,2 mil rotas foram reativadas em 2023 após pausa de pelo menos um ano. Essas rotas representam 8% da malha de 2023. A maioria delas foi suspensa durante a pandemia e voltou a operar no ano passado, quando os padrões de tráfego foram restaurados.
"A atenção e a capacidade de resposta das empresas aéreas à evolução da demanda e necessidades dos consumidores são claramente representadas pela rotatividade das rotas aéreas"
Dany Oliveira, Country Director da Iata no Brasil
A maior rotatividade foi observada na Ásia-Pacífico, onde 82% da estrutura de rotas de 2023 foi idêntica à de 2022. Já a Europa também criou novas rotas (6% das rotas operadas em 2023). Essa proporção menor representa um número real maior de rotas, dado o tamanho maior do mercado dessas regiões.
"Esses desenvolvimentos ilustram que os números totais de tráfego não contam a história completa sobre a malha de transporte aéreo em constante evolução. As empresas aéreas monitoram de perto as necessidades e preferências dos passageiros e ajustam sua malha em um mercado dinâmico e altamente competitivo"
Dany Oliveira, Country Director da Iata no Brasil