Inovação, nichos e capacitação marcam a retomada de Portugal

“Durante os dois anos de pandemia, Portugal trabalhou incessantemente para que as empresas de Turismo continuassem atuando. Desenvolvemos campanhas para incentivar o mercado doméstico e capacitamos mais de 170 mil profissionais do setor para receber os visitantes nesta retomada e todos se sentirem seguros em nosso país”, afirmou Filipe Silva, membro do Conselho de Turismo de Portugal, em entrevista ao Portal PANROTAS durante a WTM Latin America.

Com muita expectativa e otimismo para a retomada, o destino português está olhando para um novo tipo de viajante: aquele que valoriza uma boa experiência. A novidade agora é o Turismo literário, que promove roteiros pelos cenários de obras clássicas e pelos antigos lares de escritores renomados.

De forte tradição vitivinícola e com uma gastronomia variada de norte a sul, o país quer mostrar aos turistas em potencial o que há por trás da produção de cada vinho. Segundo Silva, já são quatro décadas de investimentos em enoturismo para proporcionar degustações, experiências imersivas, visitações às famosas “quintas” e estadas mais longas.

Apesar de cada vez mais tendência no Turismo, para Portugal, o termo “inovação” vai muito além da tecnologia. Há cerca de quatro anos, o destino desenvolveu um centro de projetos de inovação que inclui o segmento aeroportuário, novos sistemas financeiros, novas plataformas de Comunicação, novos modelos de distribuição e novas soluções de atendimento ao cliente, com o objetivo de melhorar a experiência do turista.

E para receber turistas internacionais, não basta investir em atrações, também é preciso trabalhar pela conectividade aérea. “A rota São Paulo-Lisboa já sendo operada por todas as companhias que faziam pré-pandemia. Rio Janeiro, Porto Alegre, Recife e Salvador, seja pela Tap, Latam ou Azul, foram retomadas graças a um trabalho conjunto”, completa o executivo.