Henrique Santiago   |   28/03/2018 15:35

Voos fretados deixam de ter autorização da Anac; confira

Ministério do Turismo acredita na entrada de dez milhões de novos consumidores

Emerson Souza

Desde o início desta semana, os voos fretados, ou charters, não precisam mais de autorização prévia da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para serem operados.

Em nota, o Ministério do Turismo assinala que a medida irá contribuir com a melhoria da infraestrutura dos aeroportos de pequeno porte. Esses terminais passarão a ter aparelhos de raio-X e bagagens para aumentar a segurança do voo e dos passageiros. A partir disso, a pasta crê no interesse das empresas em operarem esse tipo de serviço.

“Os impactos serão muito expressivos, pois acreditamos que essa normatização resultará na entrada de dez milhões de brasileiros no mercado de viagens e essa é uma grande conquista e mais um passo que damos em direção ao reconhecimento do setor como um importante pilar da nossa economia”, ressaltou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

Para o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, que deixará o cargo no fim do ano, a indústria se beneficia de maior liberdade para negociar o fretamento de voos. “Por exemplo, um destino que reduzir tarifas e impostos como o do querosene poderá levar vantagem caso deseje receber aviões fretados ao se tornar mais competitivo”, esclareceu.

Os voos charters geralmente ocupam horários de menos movimentação dos aeroportos e são utilizados principalmente para o segmento de lazer, com duração de uma semana. Em razão disso, os custos são reduzidos e podem chegar à metade do preço de um serviço regular oferecido por alguma companhia aérea.

Sua contratação é feita por operadoras ou agências de viagens e, por isso, o passageiro não pode remarcar as datas ou trocar pelo tíquete de uma outra companhia aérea.

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