Laura Enchioglo   |   30/10/2024 12:41

CEOs de grandes aéreas revelam tendências para América Latina e Caribe

Copa Airlines, Latam, Azul, Avianca e Bahamasair participam do Alta AGM & Airlines Leaders Forum 2024


Divulgação
CEOs de companhias aéreas no ALTA AGM & Airlines Leaders Forum 2024
CEOs de companhias aéreas no ALTA AGM & Airlines Leaders Forum 2024

O Alta AGM & Airlines Leaders Forum 2024, realizado pela Alta (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), apresentou o painel “Visão do CEO”, trazendo uma análise estratégica sobre as transformações que moldam o setor aéreo. Moderado por Gabriela Frias, âncora da CNN, o debate explorou os principais desafios e tendências que estão moldando a aviação na América Latina e Caribe, com foco em inovação e sustentabilidade.

Tracy Cooper, CEO da Bahamasair, destacou a importância de expandir as conexões entre América Latina e as Bahamas: “Nas Bahamas, 80% de nossos turistas vêm da América do Norte, enquanto a América Latina, com uma população maior, representa apenas 5 a 7% de nossos visitantes. Precisamos repensar essa dinâmica para fortalecer as conexões com a LAC”.

Pedro Heilbron, CEO da Copa Airlines, comentou sobre as tendências que impactarão o setor nos próximos anos: “As regiões com políticas que atraiam investimentos e reduzam impostos terão um desempenho melhor. Um exemplo é Cartagena, onde a redução de taxas gerou um rápido crescimento no tráfego. Essa flexibilidade é essencial para o setor, especialmente em períodos de recuperação.”

Roberto Alvo, CEO do Grupo Latam, enfatizou a necessidade de considerar as particularidades regionais: “Não podemos nos nivelar com políticas de países mais desenvolvidos. Precisamos analisar nossa própria realidade e fomentar um caminho específico que valorize as características da América Latina e Caribe.”

Sobre judicialização, John Rodgerson, CEO da Azul, compartilhou uma estratégia da companhia para reduzir a litigiosidade: “Decidimos ampliar o diálogo com as regiões onde operamos. Em um único estado no Brasil, 120 mil pessoas nos processaram, então levamos voos para lá e trouxemos todos para a mesa de discussão criando uma conexão mais direta com a comunidade, destacando a importância econômica da operação aérea para o PIB local.”

A conectividade também é uma prioridade para a Avianca. “Depois da pandemia, a indústria fez um trabalho incrível para ser mais eficiente e também transportar mais pessoas com melhores tarifas. No nosso caso, só neste ano abrimos mais de 20 novas rotas. Agora, agora um dos obstáculos que persistem para aprofundar o acesso é o alto custo de tarifas e impostos na região que pode contribuir com até 50% no valor total de um bilhete”, afirmou Frederico Pedreira, CEO da Avianca.

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