Reservas futuras de voos entre o Canadá e os EUA entram em colapso; entenda
Estudo da OAG mostra que companhias aéreas reduziram a demanda entre os dois países até outubro deste ano

Após um início conturbado no relacionamento entre Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Justin Trudeau, primeiro ministro do Canadá, um estudo da OAG mostra que a capacidade das companhias aéreas entre os países foi reduzida até outubro deste ano, com cortes mais significativos nos meses de pico de viagens, em julho e agosto.
De acordo com a OAG, apesar das mudanças na programação das companhias aéreas e do redirecionamento da capacidade para outros mercados, uma tendência mais preocupante surge dos dados de demanda futura: as reservas futuras de voos entre o Canadá e os EUA entraram em colapso, algo que já foi constatado e até virou matéria aqui no Portal PANROTAS.
Usando dados de reservas futuras de um grande fornecedor de GDS, a OAG comparou o total de reservas realizadas em março do ano passado com as registradas nesta semana para a próxima temporada de verão. As reservas caíram mais de 70% em todos os meses até o final de setembro. Essa queda acentuada sugere que os viajantes estão adiando as reservas, provavelmente devido à incerteza em torno da disputa comercial.
Veja mais detalhes na tabela abaixo:
Capacidade programada de companhias aéreas do Canadá para os EUA
Comparando o número total de assentos de ida programados entre os dois países registrados em 3 de março e aqueles registrados em 24 de março, a tabela abaixo mostra que mais de 320 mil assentos foram removidos por companhias aéreas que operam entre os dois países até o final de outubro.
Como mencionado acima, os cortes mais notáveis são em julho e agosto - os dois meses de pico da temporada de verão - quando as companhias aéreas cortaram a capacidade em cerca de 3,5%.
WestJet olha para a Europa
Ajustes de curto prazo em horários são sempre desafiadores para as companhias aéreas, especialmente para a temporada de verão, quando a disponibilidade de slots em mercados alternativos pode não ser fácil de encontrar. No entanto, desde o início de março, a WestJet adicionou 114 voos para a Europa Dublin e Edimburgo são os dois aeroportos que mais se beneficiam dessas mudanças na capacidade.
A disponibilidade limitada de slots nos principais aeroportos europeus pode ser parte do motivo pelo qual a Air Canada não seguiu a WestJet. Embora a companhia canadense normalmente tenha proporções maiores de tráfego de conexão em sua rede, sendo grande parte conectada em um hub dos EUA a um de seus parceiros da Star Alliance, isso se torna mais difícil de gerenciar quando os voos são cancelados.