Karina Cedeño   |   14/02/2025 13:31
Atualizada em 14/02/2025 13:34

Sem citar fusão, Gol prevê saída do Chapter 11 até meados deste ano

Celso Ferrer, CEO da companhia aérea, subiu ao palco da Convenção CVC, nesta sexta-feira (14)

PANROTAS / Emerson Souza
Celso Ferrer, da Gol
Celso Ferrer, da Gol

Durante a Convenção de Vendas da CVC, realizada de hoje (14) a domingo (16), o CEO da Gol, Celso Ferrer, falou sobre o processo de reestruturação financeira da companhia aérea e diz que a previsão é que a empresa saia do Chapter 11 em meados deste ano.

“Neste momento, há muita especulação no mercado, mas agora a nossa prioridade é sair do Chapter 11 e isso deve acontecer até a metade de 2025", comenta Ferrer. Ele também comparou o Chapter 11 com o processo de "gerir uma companhia aérea dentro de um Big Brother". “Tudo precisa ser transparente, os contratos, as cláusulas, tudo o que vai fazer, é um jeito diferente de ver a companhia”

Celso Ferrer, CEO da Gol

Ele destacou também todo o trabalho feito para reestruturar a companhia aérea. "Como resultado da pandemia, o que aconteceu com a Gol é que tivemos uma perda de dois anos de faturamento em um período de três anos. Esse buraco que ficou tinha que ser preenchido, mas foi um período difícil porque a dívida da companhia é 95% em dólar. Uma certeza que tínhamos é de que não queríamos mudar o nosso modelo de negócios. Muitas companhias usam esse processo par mexer na operação, se desfazer de frota que não faz sentido, reduzir quadro de funcionários e para nós isso não fazia sentido, gostamos do nosso DNA e queremos mantê-lo”, conta o CEO da Gol.

Ainda sobre o processo do Chapter 11, Ferrer destaca; “Tínhamos a preocupação de como isso seria percebido pela sociedade e por nosso clientes, mas resolvemos fazer uma reestruturação que nos daria condições de crescer de novo. Nesse processo, os nossos colaboradores deram o seu melhor e o resultado é que no ano passado atingimos todas as metas estabelecidas. Tivemos o melhor NPS do ano, lideramos em pontualidade na América Latina, recebemos oito novos aviões no segundo semestre e isso tudo é resultado do engajamento de nossos colaboradores. Foi muito bacana terminar o ano de 2024 vendo que fizemos tudo o que precisávamos”, destacou Ferrer.

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