Pedro Menezes   |   10/02/2025 11:04
Atualizada em 10/02/2025 11:07

Brasil teria empresa capaz de competir globalmente, diz CEO da Azul sobre fusão com Gol

Por outro lado, negócio ainda passará pelo Cade e por suas questões sobre os modelos de atuação no País


Marcelo Camargo/Agência Brasil
O objetivo do Cade é manter a conectividade aérea do País, os preços dos bilhetes aéreos e a competitividade do mercado se aprovar a fusão
O objetivo do Cade é manter a conectividade aérea do País, os preços dos bilhetes aéreos e a competitividade do mercado se aprovar a fusão

Dificilmente a possível fusão entre Gol e Azul, que segue aguardando uma análise profunda do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), será aprovada sem restrições. Até os próprios ex-conselheiros do Cade já afirmaram que a união das companhias iria trazer mais prejuízos do que benefícios para o consumidor.

Mas o que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve considerar sobre a fusão? Segundo o jornal O Globo, a avaliação levará em conta as operações separadas, mesmo sob um mesmo grupo, os modelos de negócios das companhias e a manutenção de rotas de cada uma.

O objetivo do Cade é manter a conectividade aérea do País, os preços dos bilhetes aéreos e a competitividade do mercado se aprovar a fusão. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, por exemplo, já afirmou que o governo quer garantir que a fusão não resulte no aumento de passagens aéreas para os consumidores.

Um ponto que pode ajudar na aprovação é o compromisso com medidas para mitigar a concorrência. Para isso, segundo o jornal, há uma vontade de evitar a supressão de rotas operadas atualmente. Outro ponto vantajoso é o modelo de negócios das companhias, que de certa forma afastaria a competição entre as duas.

Mas como Azul e Gol podem convencer o Cade? De acordo com John Rodgerson, CEO da Azul, em entrevista ao Estadão, aumentando a capacidade de mercado e criando mais opções para os brasileiros viajarem. Segundo ele, é uma forma de lutar contra a concentração de mercado ainda maior em outros países e contra àquelas empresas que recebem bilhões de subsídios estatais.

"O governo quer a mesma coisa que nós. Um Brasil que cresce e que tem mais empregos. Acreditamos que juntos teremos habilidade para brigar mundialmente. Vamos criar uma empresa aérea brasileira que pode concorrer com qualquer um.

John Rodgerson, em entrevista ao Estadão

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