Pedro Menezes   |   27/01/2025 08:00
Atualizada em 27/01/2025 11:06

Fusão de Azul e Gol deve vir com medidas de mitigação, diz CEO da Latam

Segundo Jerome Cadier, somente assim para que o setor aéreo como um todo não saia prejudicado


PANROTAS / Emerson Souza
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil, enfim se manifestou a respeito da possível fusão entre Azul e Gol, após a assinatura de um Memorando de Entendimento para unir os negócios de Azul e Abra. Em suas redes sociais, o executivo afirmou que o negócio precisa vir com medidas de mitigação. Segundo ele, só assim para que o setor aéreo como um todo não saia prejudicado.

“'O que você acha sobre a proposta de fusão dos seus dois concorrentes no Brasil?'. Esta foi a pergunta que mais ouvi nas últimas duas semanas. Ainda pouco se sabe sobre esta intenção mas uma coisa é certa: ela deve vir com medidas de mitigação muito importantes para que não seja ruim para a concorrencia no mercado de aviação nacional"

Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil

O executivo confia em uma análise profunda e criteriosa do Cade sobre o negócio. Segundo ele, em entrevista ao jornal O Globo, "se existir um impacto na capacidade de competir das empresas, isso vai se refletir no preço", já que Azul e Gol, juntas, poderiam responder por 60% do market share nacional. E ele lembra ninguém quer alta nos preços.

Jerome ainda comentou sobre a questão em Congonhas, já que, pelas regras da Anac, nenhuma empresa pode ter mais do que 45% dos slots do maior aeroporto doméstico do Brasil. No entanto, o mesmo terminal vai ser ampliado quando a Aena Brasil finalizar as obras. "Congonhas é mais complexo", revelou ele ao jornal O Globo.

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