Breeze Airways poderá voar internacionalmente e América do Sul está nos planos
CEO David Neeleman revela intenção de expandir as operações da área, com sede em Utah, nos Estados Unidos
Em entrevista ao Travel Weekly, o CEO da Breeze Airways e fundador da Azul, David Neeleman, fala sobre os planos da Breeze de voar internacionalmente – com a América do Sul sendo uma opção – e que está focado no momento na Azul e nas operações no Brasil, apesar das dificuldades de câmbio e de negócios no País.
Veja, abaixo, os principais destaques do bate-papo.
"Quando há um choque de petróleo, as companhias aéreas começam a perder dinheiro, retiram o serviço e aumentam as tarifas. O refino de combustível de aviação está alto há algum tempo. Espero que comece a se estabilizar com a mudança de administração nos EUA."
"Obviamente, haverá conflitos geopolíticos ao redor do mundo, mas espero que estejamos caminhando para um momento mais pacífico. Internacionalmente, estou mais focado no Brasil e na Azul. O que realmente nos afeta lá é a taxa de câmbio — o fortalecimento do dólar, o enfraquecimento do real. Já é difícil fazer negócios lá, e a flutuação da moeda torna isso mais desafiador. Mas os brasileiros adoram viajar. Dada a oportunidade de ir para a Europa ou os Estados Unidos, eles vão aproveitar sempre."
"Se você olhar para JetBlue [também fundada por Neeleman], Southwest, Frontier, Spirit, todas elas têm que fazer algumas mudanças e adaptar seus modelos para competir com as grandes. E isso é difícil porque grande parte da receita das grandes vem de seus cartões de crédito. Bilhões e bilhões de dólares."
"A Breeze está realmente bem posicionada porque temos, de longe, os menores custos de viagem; ou seja, o custo para voar de A para B.
Então, podemos voar para destinos que outros não podem. Por exemplo, se houver receita suficiente em uma rota para arrecadar US$ 16.000, e eu puder fazer uma viagem por US$ 15.000, mas custar US$ 20.000 a um concorrente, então ganhamos US$ 1.000 e eles perdem US$ 4.000."
"A melhor maneira é estar em mercados onde você não tem concorrência. Isso é cerca de 90% das nossas rotas. E em 12 das nossas 66 cidades, voamos para mais destinos do que qualquer outra companhia aérea.
Estamos pensando em voar internacionalmente. Poderíamos fazer um voo de sete horas da Flórida ou do Nordeste [dos EUA]. Poderíamos voar para a América Central e do Sul, para as Ilhas Havaianas. Poderíamos chegar a Irlanda e às Ilhas Britânicas. Mas provavelmente não mais longe."