Boeing anuncia corte de 10% de sua força de trabalho global
O plano é demitir 17 mil funcionários. Muitos inclusive já começaram a cumprir os 60 dias de aviso prévio
A Boeing anunciou um corte considerável no número de colaboradores, devidamente impactados por um plano mais amplo da fabricante que se encontra altamente endividada. O plano é cortar 17 mil empregos (10% de sua força de trabalho global). Muitos inclusive já começaram a cumprir os 60 dias de aviso prévio.
“Conforme anunciado anteriormente, estamos ajustando nossos níveis de força de trabalho para nos alinharmos com nossa realidade financeira e um conjunto mais focado de prioridades. Estamos comprometidos em garantir que nossos funcionários tenham suporte durante este momento desafiador"
Boeing, em comunicado oficial
As informações da Reuters revelam ainda que a Boeing, sob o comando do novo CEO Kelly Ortberg, segue tentando retomar a produção do 737 MAX, a aeronave mais vendida do portfólio, após uma greve de 33 mil trabalhadores da Costa Oeste dos EUA interromper a produção da maioria de seus jatos comerciais.
O MAX é considerado um grande gerador de receita para a empresa, que arrecadou mais de US$ 24 bilhões no final de outubro para reforçar suas finanças e proteger a classificação de grau de investimento após preocupação das agências de classificação. No entanto, foi a aeronave que desencadeou mais uma crise na fabricante.
No dia 5 de janeiro, um painel de porta de um jato 737 MAX da Alaska Airlines explodiu no ar. Desde então, o CEO pediu demissão, sua produção desacelerou enquanto os reguladores investigavam a cultura de segurança da empresa. Além disso, o maior sindicato que representa seus funcionários deu início à greve em 13 de setembro.