Laura Enchioglo   |   23/07/2024 13:47
Atualizada em 23/07/2024 15:03

Abear destaca esforços do setor aéreo para retomada de voos no RS

Destaque para o panorama da operação para reacomodar passageiros afetados pelo fechamento do Salgado Filho


PANROTAS / Filip Calixto
Jurema Monteiro, presidente da Abear
Jurema Monteiro, presidente da Abear

A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, destacou uma série de lições que a aviação tirou da crise causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, em maio, e como podemos trabalhar uma infraestrutura resiliente diante de mudanças climáticas.

Ela participou, nesta terça-feira (23), do Comitê de Aeroportos da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), em uma rodada com associados da instituição que atuam no setor aéreo.

Durante a reunião, as empresas tiveram um panorama da operação para reacomodar passageiros afetados pelo fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em maio deste ano, após as intensas chuvas que afetaram todo o Rio Grande do Sul. A Abear esteve, com suas associadas, à frente das negociações para retomar voos e viabilizar a operação temporária necessária para reforçar a malha aérea até a reabertura do principal aeroporto do estado.

“Focamos em ampliação de malha nos aeroportos que já tinham operação, como os de Santa Maria, Santo Ângelo, Caxias do Sul. Como era uma situação emergencial, era inviável utilizar pistas de pouso que precisassem de análise de impacto, nova sinalização e deslocamento de novos funcionários"

Jurema Monteiro, presidente da Abear

Segundo ela, é uma estrutura que não nasce de um dia para o outro. "Essa coordenação da Abear e suas associadas com Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), ABR (Aeroportos do Brasil), com o Ministério de Portos e Aeroportos e com a Força Aérea Brasileira, além da Fraport (concessionária do Salgado Filho), foi fundamental para conseguir, em 20 dias, responder a esse desafio”, explicou Jurema.

A população que tinha como origem ou destino o Rio Grande do Sul já contava com novos voos cinco dias após o fechamento do Salgado Filho, em operação reforçada naquele mesmo mês, quando a Base Aérea de Canoas foi estruturada para receber voos comerciais em caráter excepcional.

No total, a malha emergencial envolveu seis aeroportos no Rio Grande do Sul e outros três em Santa Catarina. Além do esforço para garantir a conectividade do estado, as associadas da Abear tiveram papel fundamental na ajuda humanitária, transportando gratuitamente 778 toneladas de doações.

Atração de investimentos

Jurema também falou ao comitê sobre atração de investimentos e as barreiras que prejudicam a competitividade do Brasil no cenário internacional. Ela destacou os avanços regulatórios e a liberação de capital estrangeiro no país, mas pontuou que a instabilidade legal e a judicialização excessiva oneram a operação e afastam investidores.

“Muitas vezes, a empresa tem interesse de atuar no país, mas não sabe se seu modelo de negócios é viável ou não”, explicou.

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