Victor Fernandes   |   14/05/2024 12:23
Atualizada em 14/05/2024 12:31

Azul registra lucro operacional recorde de R$ 800,7 milhões no 1T24

Companhia também compartilhou maior EBITDA para um primeiro trimestre com margem de 30,3%


PANROTAS / Emerson Souza
John Rodgerson, CEO da Azul
John Rodgerson, CEO da Azul

A Azul anunciou hoje (14) seus resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24). Entre os destaques, estão EBITDA e lucro operacional recordes para um primeiro trimestre. O EBITDA aumentou 37,4% para R$ 1,4 bilhão com uma margem de 30,3%, enquanto o lucro operacional aumentou 73,2% para R$ 800,7 milhões.

"Tenho o prazer de informar que tivemos outro trimestre recorde. Nossa receita operacional aumentou 4,5% para R$ 4,7 bilhões, impulsionada por um ambiente de demanda doméstica e internacional saudável, receitas auxiliares robustas e crescimento em nossas unidades de negócios. O RASK e o PRASK atingiram níveis recordes para um primeiro trimestre de R$ 42,23 centavos e R$ 39,33 centavos, respectivamente, demonstrando a força de nosso modelo de negócios".

John Rodgerson, CEO da Azul Linhas Aéreas

"A capacidade no trimestre cresceu 2,6%, apoiada por um crescimento de 6% no mercado doméstico e compensada por uma redução temporária em nossa malha internacional devido a uma transição em nossa frota de widebody. Estamos especialmente encorajados pelo progresso que estamos fazendo na utilização de aeronaves, atingindo 11,5 horas, um aumento de 17% em relação ao 1T23, e com espaço para mais melhorias", completou.

Destaques Financeiros e Operacionais

  • O EBITDA atingiu um recorde histórico para um primeiro trimestre, aumentando 37,4% para R$1,4 bilhão com uma margem de 30,3%. Isso representa um aumento de R$ 385,2 milhões comparado com o 1T23.
  • O lucro operacional também atingiu níveis recordes para um primeiro trimestre, aumentando 73,2% para R$ 800,7 milhões, representando uma margem de 17,1%, 6,8 pontos percentuais acima do 1T23.
  • A receita operacional também atingiu um recorde para um primeiro trimestre, aumentando 4,5% para R$ 4,7 bilhões, impulsionada por um ambiente de demanda saudável, receitas auxiliares robustas e o crescimento de nossas outras unidades de negócios.
  • O PRASK e RASK também atingiram níveis recordes para um primeiro trimestre, R$ 39,33 centavos e R$ 42,23 centavos, respectivamente, um aumento de 1,9% e 1,8% em relação ao 1T23, ao mesmo tempo em que a capacidade aumentou 2,6%.
  • O Yield atingiu R$ 49,84 centavos, um recorde para um primeiro trimestre, 2,8% maior do que no 1T23.
  • O tráfego de passageiros (RPK) aumentou 1,7% com um aumento de capacidade de 2,6%, resultando em uma taxa de ocupação de 79%.
  • O CASK no 1T24 foi de R$35,01 centavos, uma redução de 5,9% comparado com o 1T23, impulsionado por uma redução de 19,1% nos preços dos combustíveis, parcialmente compensado pela inflação de 3,9% nos últimos 12 meses e por investimentos para apoiar nosso crescimento e maximizar a disponibilidade da frota.
  • O consumo de combustível por ASK caiu 2,6% no 1T24 em comparação com 1T23, como resultado do maior número de aeronaves de última geração em nossa frota.
  • A liquidez imediata foi de R$ 2,7 bilhões, 50,8% maior em comparação com o 1T23, representando 14,4% da receita dos últimos doze meses. No trimestre, continuamos a desalavancar e pagamos mais de R$ 1,8 bilhão em amortizações, juros e diferimentos de dívidas.
  • A alavancagem, medida como dívida líquida em relação ao EBITDA UDM, atingiu 3,7x, uma notável redução de 1,4x em relação ao 1T23. A Azul espera continuar a reduzir a alavancagem, atingindo aproximadamente 3x no final de 2024, abaixo dos níveis pré-pandêmicos.

Divulgação

Receita Operacional

No 1T24, a receita operacional total da Azul cresceu R$ 200,1 milhões ou 4,5%, atingindo um recorde para um primeiro trimestre de R$ 4,7 bilhões. A receita de passageiros aumentou 4,5% com 2,6% a mais de capacidade em comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionada por ambientes de demanda doméstica e internacional saudáveis e receitas auxiliares robustas.

A receita de carga e outros atingiu R$ 321,4 milhões no 1T24, 4,2% maior em comparação com o 1T23, principalmente devido ao sólido desempenho de nossos negócios de carga e de nossa operadora de turismo.

O RASK e o PRASK atingiram recordes para um primeiro trimestre de R$ 42,23 centavos e R$ 39,33 centavos, respectivamente, possibilitados por nossa gestão racional de capacidade e pelas vantagens competitivas de nosso modelo de negócios. Em comparação com o 1T23, o RASK e o PRASK aumentaram 1,8% e 1,9%, respectivamente.

Custos e Despesas Operacionais

No 1T24, registramos despesas operacionais de R$ 3,9 bilhões, 3,4% menores em comparação com 1T23 explicado principalmente pela redução de 19,1% no preço do combustível parcialmente compensado pelo crescimento de 2,6% na capacidade de passageiros, a inflação de 3,9% no período e pelos investimentos para apoiar nosso crescimento e maximizar a disponibilidade da frota.

A composição de nossas principais despesas operacionais em comparação com o 1T23 é a seguinte:

  • Combustível de aviação reduziu 19,1% para R$ 1.353,3 milhões, mesmo com um aumento de 2,6% na capacidade total, principalmente devido a uma redução de 19,1% no preço do combustível por litro (excluindo hedges) e uma redução de 2,6% no consumo de combustível por ASK como resultado de nossa frota mais eficiente.
  • Salários e benefícios aumentaram R$ 137,2 milhões em comparação com o 1T23, principalmente devido ao nosso aumento de capacidade de 2,6%, um aumento sindical de 5,5% como resultado de acordos coletivos de trabalho aplicáveis a todos os funcionários de companhias aéreas no Brasil, a internalização de certas atividades para reduzir custos totais e as contratações feitas no 4T23 para reduzir o tempo de permanência no solo e apoiar nosso crescimento futuro.
  • Depreciação e amortização aumentaram 8,3% ou R$ 46,8 milhões, impulsionado pelo aumento no direito de uso como resultado de renegociações de contratos de arrendamento com arrendadores.
  • Tarifas aeroportuárias reduziram 7,7% ou R$ 20,1 milhões, impulsionadas principalmente pela redução de 10,3% na capacidade internacional, que possui tarifas maiores, parcialmente compensado pelo crescimento de 6,0% em nossa capacidade doméstica.
  • Gastos com passageiros e tráfego aumentaram 6,1% ou R$ 11,9 milhões, principalmente devido ao crescimento de 2,1% no número de passageiros e à inflação de 3,9% no período.
  • Comerciais e publicidade aumentaram R$ 28 milhões, impulsionados principalmente pelo crescimento de 4,5% na receita de passageiros, levando a um aumento nas taxas e comissões de cartão de crédito.
  • Manutenção e reparos aumentaram R$ 39,8 milhões versus o 1T23, principalmente devido ao maior número de eventos de manutenção para maximizar a disponibilidade das aeronaves, parcialmente compensado pela valorização de 4,7% do real em relação ao dólar norte-americano e pela economia com a internalização de eventos de manutenção.
  • Outros reduziu 13,8% ou R$ 61,7 milhões, principalmente devido a uma redução nas demandas judiciais no período, reduções nos custos de seguro e a valorização de 4,7% do real em relação ao dólar americano.

Resultado Não-operacional

Despesas financeiras líquidas foram de R$ 1,117 bilhões no trimestre, com R$ 540.3 milhões em arrendamentos reconhecidos como juros e R$292,4 milhões em juros sobre empréstimos e financiamentos.

Instrumentos financeiros derivativos resultaram em um ganho líquido de R$ 38,4 milhões no 1T24 principalmente devido aos ganhos com hedge de combustível registrados durante o período. Em 31 de março de 2024, a Azul havia feito hedge de aproximadamente 14,9% de seu consumo esperado de combustível para os próximos doze meses usando contratos futuros e opções.

Variações monetárias e cambiais líquidas registraram uma perda de R$ 847,3 milhões no 1T24 devido à depreciação de 1,6% do real brasileiro em relação ao dólar americano no final do período, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira.

Liquidez e Financiamentos

A Azul encerrou o primeiro trimestre com liquidez total de R$ 6 bilhões, incluindo investimentos e recebíveis de longo prazo, depósitos em garantia e reservas de manutenção. A liquidez imediata em 31 de março de 2024 era de R$ 2,7 bilhões, 50,8% maior em comparação com o 1T23 e representando 14,4% de nossa receita dos últimos doze meses, mesmo com uma sazonalidade de caixa desfavorável, e depois de pagarmos mais de R$ 1,8 bilhão em amortização de dívidas, juros e postergações.

Em comparação com o 4T23, a dívida bruta aumentou R$ 1,198 bilhões para R$ 24,384 bilhões, principalmente devido à depreciação de 1,6% no final do período do real em relação ao dólar americano no trimestre, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira, além da emissão de debêntures locais e da reemissão de notas seniores com garantia com vencimento em 2028 no 1T24, parcialmente compensada por nosso contínuo processo de desalavancagem com R$ 1,7 bilhão em pagamentos de empréstimos, juros e arrendamentos durante o trimestre.

Em 31 de março de 2024, o vencimento médio da dívida da Azul excluindo passivos de arrendamento e debêntures conversíveis era de 4,4 anos, com uma taxa de juros média de 11,1%. A taxa média de juros das obrigações denominadas em moeda local e em dólar era equivalente a CDI +4% e 10,6%, respectivamente.

A alavancagem da Azul, medida como dívida líquida em relação ao EBITDA dos últimos doze meses, reduziu 1,4 ponto percentual em relação ao ano anterior, de 5,2x para 3,7x. Estamos confiantes em nossa capacidade de continuar reduzindo a alavancagem organicamente e reafirmamos nossa perspectiva para encerrar 2024 com alavancagem de aproximadamente 3x, abaixo dos níveis pré-pandêmicos.

Frota

Em 31 de março de 2024, a Azul tinha uma frota operacional de 181 aeronaves de passageiros e uma frota contratual de 183 aeronaves de passageiros, com uma idade média de 7,4 anos excluindo aeronaves Cessna. Ao final do 1T24, as duas aeronaves não incluídas em nossa frota operacional de passageiros consistiam em Embraer E1s subarrendados para a Breeze.

A Azul terminou o 1T24 com aproximadamente 83% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração, consideravelmente superior a qualquer competidor na região.

Caso RS

"Gostaria de expressar minha solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul neste momento tão difícil. Estamos profundamente tristes com a perda de vidas, o desalojamento de pessoas e a destruição generalizada causada pelas graves inundações nessa região. Até o momento, nós já coletamos mais de 1.000 toneladas de itens e estamos trabalhando para distribuí-los. Milhares de tripulantes de todo o país se dedicaram, doando tempo, dinheiro e suprimentos para os esforços de ajuda humanitária, ao mesmo tempo em que continuam a oferecer a experiência Azul com excelência todos os dias. Sempre afirmei que temos os melhores tripulantes do mundo, e eles estão mais uma vez provando isso. Não tenho como agradecê-los por sua paixão e dedicação", comentou John Rodgerson.


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