Filip Calixto   |   21/03/2024 12:42

Malha de inverno gerou redução de 19% em cancelamentos, diz Azul

Estratégia tem como objetivo evitar transtornos causados pela meteorologia e fechamento de aeroportos

Divulgação Azul/Cesar Dos Reis
Estratégia de contingência da Azul para o inverno está em vigor desde 2015
Estratégia de contingência da Azul para o inverno está em vigor desde 2015

Desde 2015 a Azul Linhas Aéreas organiza a chamada "Malha de Inverno", já prevendo os contratempos que um período conhecido pelos extremos climáticos pode ocasionar. A estratégia de adaptar sua oferta à estação, se precavendo de impactos operacionais, segundo informa a empresa, já resultou em redução de 19% nos cancelamentos de voos durante o período, comparando os anos de 2022 e 2023.

Na região Sul, por exemplo, cidades como Chapecó (SC) e Caxias do Sul (RS) tiveram os melhores resultados. A primeira foi de 20 para 11 cancelamentos. Já a segunda reduziu de 14 para dez. O aeroporto de Cascavel (PR) diminuiu de 27 para 23 cancelamentos.

Hoje, o projeto é liderado pela gerente de Planejamento de Malha, Beatriz Barbi, que é geógrafa pela Unicamp e mestre em Climatologia. Ela explica que a construção dessa malha especial exige análises de dados meteorológicos dos anos anteriores, projeções e uma pesquisa minuciosa sobre como está a infraestrutura dos aeroportos que costumam ser impactados. Tais informações são importantes na hora de tomar decisões estratégicas, como ajuste de equipamentos, horários e eventuais cancelamentos.

"A Malha de Inverno tem como objetivo tornar a experiência do cliente melhor e evitar transtornos causados pelo tempo e fechamento de aeroportos. É um trabalho iniciado quase seis meses antes de sua operacionalização, acompanhando dados históricos da meteorologia de cada cidade. Ajustamos os horários dos voos de acordo com os períodos de menor criticidade e mudamos o equipamento utilizado em alguns voos", contou Beatriz.

Agora, a empresa está desenvolvendo internamente uma nova ferramenta que visa oferecer relatórios mais detalhados e capazes de atuar em diferentes cenários. A ideia é que se torne possível acompanhar com ainda mais precisão os impactos sofridos por cada bases.

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