Filip Calixto   |   16/11/2023 11:46
Atualizada em 16/11/2023 11:52

Ministro critica preços das passagens aéreas e Abear responde pelo setor

Associação comentou declaração do ministro, que disse não aceitar aumentos injustificados nos bilhetes

PANROTAS / Filip Calixto
Abear ressalta que ac companhias associadas aderiram ao Programa Voa Brasil e estão em linha com o objetivo do governo de ampliar a oferta de passagens aéreas
Abear ressalta que ac companhias associadas aderiram ao Programa Voa Brasil e estão em linha com o objetivo do governo de ampliar a oferta de passagens aéreas

Em nome das empresas associadas, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) voltou a enfatizar que está comprometida com as ações do governo federal de trabalhar para baratear os preços dos bilhetes aéreos no País. A organização enfatiza, em nota enviada hoje (16), que vai seguir contribuindo para uma agenda que amplie a competitividade do setor.

O posicionamento oficial da associação veio como um comentário a uma entrevista concedida ontem (15) à Globonews pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Em sua fala, o ministro disse que o governo federal não aceitaria aumentos injustificados de preços nos bilhetes.

"O que tem incomodado o governo é que às vezes você compra a passagem por dois meses antes por R$ 800 e faltando dez, cinco dias para o voo essa passagem foi para R$ 3 mil. Isso não se justifica. Esses aumentos injustificáveis nós não vamos aceitar", afirmou Costa Filho à Globonews.

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Jurema Monteiro, presidente da Abear
Jurema Monteiro, presidente da Abear

Segundo a reportagem do G1, "em até 10 dias o governo deve conhecer o plano das companhias aéreas para reduzir o preço das passagens de avião, que tiveram alta de 23,7% de setembro para outubro, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com dados de agosto da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o preço médio da passagem é de R$ 649,17, mas na prática o valor cobrado pode ser muito maior."

O aumento das passagens passa pelo querosene de aviação, que representa cerca de 40% dos custos do setor e Costa Filho destacou que o governo conseguiu reduzir o preço desse insumo em 18,7%, o que deve refletir nas tarifas cobradas. O ministro afirmou ainda que há a perspectiva do Brasil ultrapassar os 100 milhões de passageiros ao longo do ano de 2023, um índice que já foi registrado pela indústria, mas que deixou de acontecer com a crise da pandemia e do setor.

As declarações do ministro Costa Filho à Globo foram respondidas pela Abear com um posicionamento oficial que pode ser lido a seguir:

"A Abear está sempre à disposição para debater com o governo federal formas de estimular a criação de políticas públicas que contribuam para que mais pessoas viajem de avião e novos destinos sejam atendidos. É importante destacar que as associadas Abear aderiram ao Programa Voa Brasil e estão em linha com o objetivo do governo de ampliar a oferta de passagens aéreas com preços competitivos.

As empresas aéreas e a Abear seguem contribuindo na agenda que amplie a competitividade do setor".

Leia aqui a entrevista do ministro dos Portos e Aeroportos.


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