Victor Fernandes   |   09/10/2023 10:22

Companhias aéreas suspendem voos após ataque a Israel

Combatentes do Hamas mataram 700 israelenses e sequestraram dezenas nos ataques de sábado (7)


Facebook/El Al
Aérea nacional de Israel, El Al, foi a exceção, acrescentando mais voos para levar reservistas de todo o mundo
Aérea nacional de Israel, El Al, foi a exceção, acrescentando mais voos para levar reservistas de todo o mundo

As principais companhias aéreas internacionais suspenderam ou restringiram os serviços de voo de ou para Tel Aviv após um ataque surpresa do Hamas a Israel nesse fim de semana, alegando que esperavam que as condições de segurança melhorassem. A transportadora nacional de Israel, El Al, foi a exceção, acrescentando mais voos para levar reservistas de todo o mundo para ajudar na maior mobilização do país na história.

Combatentes do grupo islâmico mataram 700 israelenses e sequestraram dezenas nos ataques de sábado (7), a incursão mais mortal em décadas, levando Israel a retaliar, atacando o enclave palestino de Gaza. O setor de Turismo de Israel deverá sofrer um grande golpe à medida que os cancelamentos de voos se acumulam. O Turismo representa 3,6% do emprego total no país, segundo dados da OCDE.

Reguladores, incluindo a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia e a autoridade de aviação de Israel, instaram as companhias aéreas a terem cautela no espaço aéreo da região, mas não chegaram a suspender os voos.

A autoridade de aviação civil de Israel pediu às companhias aéreas que “revisassem as informações atuais sobre segurança e ameaças” em meio ao conflito e mudou algumas rotas de tráfego aéreo. Observou que atrasos eram esperados e aconselhou as companhias aéreas a transportar combustível extra.

O site de rastreamento de voos Flightradar24 listou as próximas chegadas ao aeroporto Ben Gurion de companhias aéreas, incluindo RyanAir, FlyDubai e a El Al.

Aéreas norte-americanas

No domingo (8), as transportadoras aéreas norte-americanas United Airlines, Delta Air Lines e American Airlines suspenderam voos diretos seguindo os avisos de cautela da FAA. As aéreas dos EUA normalmente operam serviços diretos de grandes cidades como Nova York, Chicago, Washington DC e Miami.

A United disse que realizou dois voos regulares de Israel para os Estados Unidos na noite de sábado e na manhã de domingo, mas depois suspendeu os serviços. Representantes da Delta disseram que os voos desta semana foram cancelados e que a situação estava sendo monitorada.

Aéreas europeias

Na Europa, a Air France e a finlandesa Finnair suspenderam voos diretos. A britânica EasyJet interrompeu os voos para Tel Aviv no domingo e na hoje (9) e disse que ajustaria os horários dos voos nos próximos dias. A low cost húngara Wizz Air cancelou voos de e para Tel Aviv até novo aviso.

O grupo Lufthansa cancelou voos de e para Tel Aviv até segunda-feira. A Tap suspendeu voos até segunda-feira e ofereceu reembolso ou remarcação sem custos adicionais. E a Virgin Atlantic disse que continuaria a realizar alguns voos, mas que os clientes poderiam remarcar ou solicitar reembolso até 15 de outubro.

As ações das companhias aéreas britânicas caíram na segunda-feira, à medida que os preços do petróleo subiam em meio ao conflito militar no Oriente Médio. IAG, proprietária da British Airways caiu 5%, Wizz Air caiu 7,3% e easyJet caiu 4,8%.

Aéreas asiáticas

A Hainan Airlines, única companhia aérea chinesa a voar entre a China e Israel, e outras companhias aéreas que voam de Hong Kong e Coreia do Sul, cancelaram voos entre Tel Aviv e Xangai na segunda-feira.

Hainan disse que continuaria os voos ligando Pequim e o centro tecnológico de Shenzhen, no sul, a Tel Aviv, ao mesmo tempo que renunciaria às taxas para cancelamentos antes de 20 de outubro.

Com informações do portal Reuters.

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