AirHelp rebate Abear, que diz não reconhecer legitimidade de seus dados
Empresa de direito de passageiros aéreos diz que não é uma incentivadora de judicialização
A empresa de direito de passageiros aéreos AirHelp rebateu a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), por essa ter se recusado a reconhecer a legitimidade de uma pesquisa enviada ontem ao Portal PANROTAS e ainda afirmado que esta é tida pelo setor aéreo como um "site abutre".
Segundo a associação "nos últimos anos a Justiça tem impedido a atuação de diversos desses sites por reconhecer que essas empresas violam o Código de Ética e o Estatuto da OAB, por meio de atividade ilícita e mercantilização da advocacia. Desde o fim de 2019 até hoje, dos 65 aplicativos que estimulam o excesso de judicialização na aviação comercial, 37 foram impedidos de atuar por decisão judicial. A OAB ajuizou dezenas de ações nas Varas Federais de diversos Estados para coibir essa prática".
Então, a AirHelp enviou nesta terça-feira (3) um comunicado reafirmando sua posição a qual, segundo a própria empresa, é de liderança global em direitos de passagens aéreas, com atuação em Brasil, União Europeia, Reino Unido, Turquia e pela Convenção Internacional de Montreal. Segundo a AirHelp, seu papel não é de incentivar a judicialização.
Entenda o caso:
- AirHelp envia sugestão de nota ao Portal PANROTAS, no qual, entre vários dados, aponta que atrasos e cancelamentos de voos geram despesa média de R$ 1.880 aos passageiros;
- Portal PANROTAS considera os dados relevantes aos leitores e publica o material, creditando a autoria à AirHelp;
- Antes de publicar, o Portal PANROTAS busca a Abear para obter posicionamento;
- A devolutiva da Abear é de que "não reconhece a legitimidade dos dados por serem disponibilizados por uma empresa considerada pelo setor aéreo como um 'site abutre'";
- AirHelp se manifesta por meio da nota a seguir:
Nota de esclarecimento
AirHelp informa que iniciou suas operações em 2013 e hoje é líder mundial em direitos de passagens aéreas. A empresa vem ampliando seus esforços para ajudar todos os passageiros a conhecerem os seus direitos, serem assistidos durante atrasos e cancelamentos de voos e a receberem indenizações, quando elegíveis.
A companhia auxilia passageiros no mundo inteiro por meio de regulações na União Europeia, Reino Unido, Brasil, Turquia e também pela Convenção Internacional de Montreal.
A companhia já ajudou mais de 2 milhões de pessoas a receber indenização, oferecendo suporte em 18 idiomas. A companhia também esclarece que não é ou atua como uma legaltech ou incentivadora de judicialização.
A AirHelp busca apenas ajudar os viajantes a negociarem indenizações por voos atrasados ou cancelados e em casos de recusa de embarque. Atua somente quando as companhias aéreas não respondem aos questionamentos ou queixas de seus clientes.