Itapemirim tem falência suspensa em 2ª instância; entenda decisão
Decisão considerou que a empresa que havia entrado com o pedido de falência da aérea desistiu da ação
A Justiça de São Paulo suspendeu o decreto de falência da Itapemirim Transportes Aéreos em decisão proferida na última sexta-feira (18) e publicada hoje. O desembargador Azuma Nish considerou que a empresa de tecnologia que havia entrado com o pedido de falência da aérea optou por desistir da ação, suspendendo assim o decreto.
O desembargador ainda avaliou que, segundo recurso apresentado pela Itapemirim, "há perigo imediato de dano irreparável e de difícil reparação decorrente do decreto de quebra da empresa agravante".
Com dívidas de R$ 253 milhões junto aos seus credores, o grupo Itapemirim está em recuperação judicial desde 2016, tendo falência decretada após decisão de primeira instância do Tribunal de Justiça (TJ-SP). A companhia aérea também deve cerca de R$ 2 bilhões em tributos.
Com atrasos de salários e benefícios de funcionários, dívidas com fornecedores e voos cancelados, a Itapemirim Transportes Aéreos suspendeu suas operações na véspera do Natal de 2021, pegando de surpresa uma série de passageiros.
Anos antes, em março de 2016, a empresa protocolou pedido de recuperação judicial da Viação Itapemirim, na 13ª Vara Cível Especializada de Vitória e vendeu cerca de 40% da sua frota de ônibus para a Viação Kaissara, passando a operar cada vez menos trechos, até o fim das atividades.
Pouco antes do fim das operações aéreas do grupo, em 2021, o CEO Sidnei Piva abriu uma empresa bilionária no Reino Unido dentro do segmento financeiro, no valor de 780 milhões de libras. A operação chamou a atenção de juristas e credores do grupo.