Azul projeta lucro de R$ 5 bilhões em 2023 após 2022 positivo
Azul alcançou receita de R$ 16 bilhões em 2022, representando um aumento de 40%
Hoje (7), o Azul Day foi realizado no Aeroporto de Congonhas para que a companhia aérea compartilhasse com investidores e imprensa os resultados de 2022, ações e expectativas para 2023. A Azul aproveitou o momento para compartilhar sua expectativa de atingir um EBITDA de R$ 5 bilhões em 2023, atribuindo parte desse resultado à expansão de suas operações em Congonhas. Para efeito de comparação, o EBITDA da Azul em 2019 foi de R$ 3,6 bilhões.
"Azul teve dificuldades com a pandemia, mas focamos em planos de gerência, como trabalhar com parceiros e no relacionamento com investidores em um ano quase sem receita", afirmou o CEO da Azul, John Rodgerson. Na sequência, o executivo explicou fatores "dentro e fora do controle" que levaram a Azul aos resultados deste ano. Confira:
Outro fator foi o aumento de 115% no preço do combustível de aviação em reais por litro de R$ 2,56 em 2019 para R$ 5,50. E o terceiro e último fator "fora de controle" foi a queda da demanda corporativa para cerca de 12% abaixo com aumento do trabalho remoto.
Além do forte market share no doméstico, que aumentou sete pontos percentuais para 30% em 2022 em comparação com 2019, Rodgerson também destacou o aumento de tarifas. "Nossas tarifas estão 43% mais altas do que em 2019. Isso é prova da força do nosso modelo de negócios em que somos a única companhia em várias das rotas em que operamos", afirmou.
Com isso, a Azul alcançou receita de R$ 16 bilhões em 2022, representando um aumento de 40% em relação aos R$ 11 bilhões de 2019.
Já no lazer, tudo aumentou: tarifa, demanda e receita. "Um aumento significativo da demanda de lazer levou à maior tráfego e tarifas". As tarifas aumentaram em 26%, a demanda em 40% e a receita do lazer da Azul foi 76% maior do que em 2019.
Abih Shah, VP de Receitas da Azul, explicou que "manter tarifas altas tem sido possível devido a uma demanda sustentada, com R$ 3,6 bilhões em passagens vendidas em 2022, e a uma mudança estrutural de como a indústria está se comportando".
Já no internacional, a empresa ainda está de 10% a 15% abaixo de 2019, mas promete estar de volta a 100% de sua capacidade pré-pandemia até o final do 1º trimestre de 2023, "retomando a capacidade de forma bem regrada". A Azul também se apoia em suas parceria internacionais no Brasil, como a Copa Airlines que conecta passageiros a destinos brasileiros a partir de Confins (BH) e a Air Europa a partir de Salvador. No sentido contrário, a aérea destacou parceria com a Tap na Europa (conectado a todas as capitais europeias), e United e JetBlue nos Estados Unidos (mais de 50 destinos) e Caribe (mais de 15 destinos).
Confira a seguir mais gráficos apresentados pela companhia durante o Azul Day.
"Azul teve dificuldades com a pandemia, mas focamos em planos de gerência, como trabalhar com parceiros e no relacionamento com investidores em um ano quase sem receita", afirmou o CEO da Azul, John Rodgerson. Na sequência, o executivo explicou fatores "dentro e fora do controle" que levaram a Azul aos resultados deste ano. Confira:
FORA DE CONTROLE
O primeiro fator "fora de controle" apontado por John Rodgerson foi o câmbio: o real foi desvalorizado, impactando preços de combustível e custos em dolarizados, já que a moeda americana subiu cerca de 30% desde 2019, de R$ 3,95 para R$ 5,15 esse ano, na média.Outro fator foi o aumento de 115% no preço do combustível de aviação em reais por litro de R$ 2,56 em 2019 para R$ 5,50. E o terceiro e último fator "fora de controle" foi a queda da demanda corporativa para cerca de 12% abaixo com aumento do trabalho remoto.
NO CONTROLE
"Como superar esses desafios? O que fizemos?", questionou Rodgerson ao mostrar o número de passageiros domésticos da Azul em 2022. O dado apresentou crescimento de 6% em comparação com 2019, e creditou à Azul a recuperação mais rápida na região. "Com mais passageiros domésticos, começamos a recuperar o que foi perdido com combustível e câmbio", completou.Além do forte market share no doméstico, que aumentou sete pontos percentuais para 30% em 2022 em comparação com 2019, Rodgerson também destacou o aumento de tarifas. "Nossas tarifas estão 43% mais altas do que em 2019. Isso é prova da força do nosso modelo de negócios em que somos a única companhia em várias das rotas em que operamos", afirmou.
Com isso, a Azul alcançou receita de R$ 16 bilhões em 2022, representando um aumento de 40% em relação aos R$ 11 bilhões de 2019.
CORPORATIVO X LAZER
John Rodgerson também apresentou dados do corporativo e do lazer. Os viajantes corporativos, apesar da demanda estar abaixo de 2019, estão pagando significativamente mais em passagens, cerca de 42% sobre 2019, resultando em um crescimento de 24% na receita do corporativo para a Azul.Já no lazer, tudo aumentou: tarifa, demanda e receita. "Um aumento significativo da demanda de lazer levou à maior tráfego e tarifas". As tarifas aumentaram em 26%, a demanda em 40% e a receita do lazer da Azul foi 76% maior do que em 2019.
Abih Shah, VP de Receitas da Azul, explicou que "manter tarifas altas tem sido possível devido a uma demanda sustentada, com R$ 3,6 bilhões em passagens vendidas em 2022, e a uma mudança estrutural de como a indústria está se comportando".
DOMÉSTICO E LAZER SUPERAM 2019
A Azul está mais forte do que nunca no doméstico, mas ainda abaixo no internacional. No doméstico, a aérea aumentou seus destinos em 45% de 116 em 2019 para 168 em 2022, resultando em um aumento de 11% nos voos diários, de 900 em 2019 para mil em 2022. A Azul também se orgulha de ser a única companhia aérea em cerca de 80% de suas rotas e ter a liderança em maior parte das cidades brasileiras.Já no internacional, a empresa ainda está de 10% a 15% abaixo de 2019, mas promete estar de volta a 100% de sua capacidade pré-pandemia até o final do 1º trimestre de 2023, "retomando a capacidade de forma bem regrada". A Azul também se apoia em suas parceria internacionais no Brasil, como a Copa Airlines que conecta passageiros a destinos brasileiros a partir de Confins (BH) e a Air Europa a partir de Salvador. No sentido contrário, a aérea destacou parceria com a Tap na Europa (conectado a todas as capitais europeias), e United e JetBlue nos Estados Unidos (mais de 50 destinos) e Caribe (mais de 15 destinos).
FROTA
Durante a apresentação, a Azul também defendeu a importância de ter uma frota diversificada, com aeronaves pequenas e grandes, já que "poucos aeroportos brasileiros suportam grandes aeronaves, então uma frota diversificada permite atender bases diversificadas e menores".Confira a seguir mais gráficos apresentados pela companhia durante o Azul Day.