Karina Cedeño   |   28/11/2022 13:45
Atualizada em 28/11/2022 16:17

Azul mais do que dobrará operação em Congonhas em 2023

A companhia aérea ampliará suas operações, passando de 26 slots para 84


PANROTAS / Emerson Souza
O presidente da Azul, Abhi Shah, o diretor de Planejamento de Malha, André Mercadante, o CEO, John Rodgerson, o CFO, Alex Malfitani, a gerente de Planejamento de Malha, Beatriz Barbi, o diretor de Marketing e Negócios, Daniel Bicudo, o diretor de Relações Institucionais e Comunicação, Fabio Campos, e o gerente geral de Planejamento de Malha, Vitor Silva
O presidente da Azul, Abhi Shah, o diretor de Planejamento de Malha, André Mercadante, o CEO, John Rodgerson, o CFO, Alex Malfitani, a gerente de Planejamento de Malha, Beatriz Barbi, o diretor de Marketing e Negócios, Daniel Bicudo, o diretor de Relações Institucionais e Comunicação, Fabio Campos, e o gerente geral de Planejamento de Malha, Vitor Silva
A partir de 26 março do ano que vem, a Azul Linhas Aéreas mais do que dobrará sua presença no aeroporto de Congonhas (SP). A companhia aérea ampliará suas operações, passando de 26 slots para 84, o que resultará em mais oferta de conexões para os passageiros.

Com a novidade, a Azul dará início à rota Congonhas-Brasília, retomará a ligação direta de Porto Alegre e Curitiba para Congonhas, ampliará os voos da capital paulista para Belo Horizonte e Recife e também aumentará os voos da ponte aérea com o aeroporto Santos Dumont (RJ). As vendas terão início na próxima quarta-feira (30).

"Finalmente teremos uma presença forte em Congonhas. Entramos nele em 2014, mas com poucos voos. Tínhamos apenas três slots e voávamos para Curitiba, Porto Alegre e Confins. Em 2018, iniciamos a ponte aérea com Santos Dumont e estamos lutando há anos para ampliar nossas operações nesse aeroporto. Esta é a última peça do quebra-cabeça. Congonhas é o aeroporto mais rentável da América do Sul e a ampliação da nossa presença nele fortalecerá a aviação no País inteiro. Os 84 slots que iremos operar no ano que vem em Congonhas representam 10% da malha da Azul. Ainda somos humildes em relação aos nossos concorrentes, mas teremos habilidade para retomar os voos para Curitiba, Porto Alegre, Confins e Recife com frequências suficientes", afirma o CEO da Azul, John Rodgerson. Dos 84 slots, 41 eram anteriormente operados pela Avianca Brasil e os demais são novos.

"É como se mais do que comprássemos a Avianca. E é importante destacar que, com a ampliação das operações, a Azul terá 38 novas e exclusivas conexões para Congonhas, totalizando 85 destinos atendidos por uma conexão. Na prática, isso significa que um passageiro de Francisco Beltrão, no interior do Paraná, pode chegar até Congonhas, fazer suas reuniões em São Paulo e retornar no mesmo dia", exemplifica o CEO da aérea.


Investimento em aeronaves
Com a ampliação de sua operação em Congonhas, a Azul está investindo R$ 1,5 bilhão em oito novas aeronaves, sendo uma parte delas entregue até o final deste ano e o restante até março do ano que vem.

A maior parte das aeronaves que serão usadas em Congonhas (A320neo e Embraer) é de última geração, ou seja, são aviões mais eficientes em termos de gasto de combustível e com menor emissão de poluentes. Lembrando que a companhia aérea irá substituir o E195-E1, da Embraer, pelo modelo mais novo, o E195-E2.

"Tendo mais espaço em Congonhas, a Azul também investe na ampliação da frota, o que resulta na geração de empregos, seja para o piloto, para o técnico ou para os funcionários ao aeroporto. É importante destacar, ainda, que o aumento da capacidade deve resultar na redução da tarifa média, mas é claro que ela também depende de outros fatores, como o preço do combustível da aviação", conclui Rodgerson.

O fato de operar com dois modelos de aeronave é outra vantagem competitiva para a companhia aérea, de acordo com o CFO da Azul, Alex Malfitani. "Não é necessário um avião grande durante toda a operação, considerando que só há demanda para ele no início e no final do dia. Quem só tem um tipo de avião acaba tendo uma operação desfavorecida, porque usa avião grande em momentos do dia que não há necessidade e a aeronave voa vazia. No caso da Azul, podemos usar aviões grandes quando há demanda e os menores quando não há", destaca Malfitani.


MELHOR INFRAESTRUTURA E MAIS SEGURANÇA EM CONGONHAS
A Infraero realizou, nos últimos anos, diversas melhorias relacionadas à infraestrutura e à segurança do aeroporto de Congonhas, o que permitiu o aumento do número de operações no local.

Há dois anos, o pavimento foi recuperado para aumentar a capacidade de drenagem e contribuir para o rápido escoamento da água da chuva, favorecendo a aderência do pneu das aeronaves à pista e a redução da possibilidade de aquaplanagem. Já neste ano, as obras da nova área de escape na pista principal foram concluídas, com a incorporação da tecnologia EMAS, que utiliza blocos de concreto que se deformam na batida (no caso de a aeronave ultrapassar os limites do percurso do pouso), ajudando na desaceleração.

Tendo em vista essas melhorias, a Infraero solicitou à Anac, em julho deste ano, o aumento do número de pousos e decolagens no aeroporto, que passará de 41 operações/hora para 44 a partir de março do ano que vem. Dessa forma, serão ofertados 582 voos por dia. Com o aumento da capacidade, Congonhas deverá receber 500 passageiros a mais por hora.

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