Qantas aposta em Sydney-Londres sem escalas com pedido da Airbus
A ser lançado no final de 2025, os voos usarão aeronaves A350-1000 especialmente configuradas para a rota

A ser lançado no final de 2025, os voos usarão aeronaves A350-1000 especialmente configuradas com assentos extra premium e capacidade total reduzida para transportar até 238 passageiros em uma viagem de 20 horas – o voo comercial direto mais longo do mundo.
A descoberta há muito discutida dará à Qantas um impulso de marketing no que há muito é chamado de "rota do canguru", porque todos os voos tinham de pular, parando em algum lugar para abastecer. Outras aéreas que oferecem serviços one-stop incluem Singapore Airlines, Emirates e Qatar Airways.
Ao anunciar planos para o serviço nesta segunda-feira, a Qantas disse que uma forte recuperação no mercado doméstico e sinais de melhora nos voos internacionais após o pior da pandemia de covid-19 lhe deram confiança para fazer um grande investimento em seu futuro. A companhia aérea prevê um retorno ao lucro no exercício a partir de julho.
O pedido da fabricante de aeronaves europeia também inclui 40 jatos A321XLR e A220 de fuselagem estreita para iniciar a substituição da frota doméstica envelhecida da Qantas, com entregas espalhadas por uma década. A companhia aérea não divulgou o valor do negócio, mas analistas da Barrenjoey estimaram em nota que custaria pelo menos 6 bilhões de dólares australianos (US$ 4,23 bilhões).
O diretor comercial da Airbus, Christian Scherer, disse que a aeronave a ser usada nos voos Sydney-Londres oferecerá mais capacidade de combustível do que os A350-1000 agora em operação com outras companhias aéreas.
Os aviões da Qantas transportarão passageiros em quatro classes e terão cerca de 100 assentos a menos do que a British Airways e a Cathay Pacific Airways usam em seus A350-1000s. A transportadora australiana dedicará mais de 40% dos assentos às classes premium.
Os analistas da Barrenjoey prevêem que a Qantas pode alcançar um prêmio de receita de 20% para os voos de longa distância. O CEO da empresa, Alan Joyce, disse ainda que iria para Nova York a partir do final de 2025 e possivelmente para Paris, Chicago e Rio de Janeiro.
A Qantas estimou que o Project Sunrise teria uma taxa interna de retorno de cerca de 15%.