Artur Luiz Andrade   |   28/04/2022 11:08
Atualizada em 04/05/2022 11:22

Diretor do Latam Pass explica por que é proibido vender milhas

Martin Holdschmidt alerta sobre segurança de dados e da conta dos clientes

Divulgação/Latam
O diretor geral do Latam Pass, Martin Holdschmidt
O diretor geral do Latam Pass, Martin Holdschmidt
Há duas semanas, o Latam Pass, programa de fidelidade da Latam Airlines, movimentou o segmento de fidelidade aérea ao iniciar uma campanha explicitando ao associado que é proibido vender milhas na internet (como OTAs especializadas nesse negócio) e que isso pode gerar a suspensão ou banimento do dono da conta do programa. A motivação principal da campanha, segundo do diretor geral do Latam Pass, Martin Holdschmidt, é a segurança dos dados do cliente do programa de fidelidade.

Como para vender milhas, o associado ao programa precisa ceder seu login e senha para quem está comprando, há, segundo Holdschmidt, risco de vazamento de dados, incluindo o saldo da conta, e uso indevido da mesma. “Nosso sistema antifraude, ao detectar uso suspeito da conta, como em dois lugares distantes, com pouco espaço de tempo entre os acessos, pode suspender a conta e isso atrapalha o usuário”, explica. Também o vazamento de dados na internet é uma possibilidade.

“Estamos, com essa campanha, reforçando as boas práticas do programa, que incluem não dar o acesso a terceiros para a venda de milhas, não vender milhas e não fornecer informações não verídicas ao programa. Tudo isso pode acarretar em suspensão ou banimento do programa Latam Pass”, continua o diretor do programa.

Quando ele se refere à inclusão de informações falsas na conta, refere-se, por exemplo, a colocar o telefone de quem está comprando para que, quando for feito um pedido de confirmação por SMS, o comprador poder confirmar em nome do cliente real.
“Estamos reforçando as regras de nosso regulamento e por elas é proibido vender”, resume Martin Holdschmidt.

COMO COIBIR?
Além da campanha educativa, para alertar os clientes que muitas vezes não sabem do risco que estão correndo, o diretor do Latam Pass disse que também há o desenvolvimento de medidas para coibir a prática, como o limite a 25 CPFs para emissão de passagem de uma conta, em período de 12 meses. “Buscamos um equilíbrio, para não atrapalhar quem está usando de forma correta”, disse ele, alertando que outras medidas podem aparecer.

Legalmente, os sites que compram milhas alegam que os pontos são dos clientes e eles podem usar como quiser. O departamento jurídico da Latam, questionado pelo Portal PANROTAS, respondeu: “A Latam esclarece que inibe qualquer ação que caracterize o uso incorreto do programa de fidelidade Latam Pass. Eventuais descumprimentos do programa são passíveis de suspensão, exclusão definitiva ou até mesmo ingresso de medidas judiciais.” Portanto, a decisão é do passageiro, sabendo que poderá receber punições do programa, de acordo com o regulamento aceito na adesão ao mesmo.

“Nossa grande preocupação é com a segurança dos dados pessoais e do saldo de pontos de cada um. Muitos não sabem que estão fazendo uma prática não permitida e correndo esses riscos, daí nossa campanha educativa”, finaliza o diretor do Latam Pass.

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