Jerome Cadier diz que preço médio da passagem diminuirá
O CEO da Latam Brasil também afirmou que o internacional só voltará a níveis pré-pandêmicos em 2023
Hoje (1), a revista Veja compartilhou uma entrevista realizada com Jerome Cadier, CEO da Latam no Brasil, e abordou assuntos como a recuperação da aviação, a reabertura dos Estados Unidos a viajantes vacinados, preço da passagem e o impacto da alta do dólar nas operações da aérea. Durante a entrevista, Cadier afirmou que o internacional só voltará a níveis pré-pandêmicos em 2023 e que o preço médio da passagem será mais baixo.
"Vamos ter uma recuperação mais difícil porque o preço médio das passagens vai ser mais baixo. Então, precisamos nos reestruturar, ser mais eficientes, ou não vamos conseguir competir. Muito do que fizemos nos últimos dezoito meses foi esse trabalho de eficiência, de fazer melhor, com menos custos. A reestruturação tem sido muito boa, senão não conseguiríamos abrir rotas e contratar como estamos fazendo. Antes da pandemia, a Latam voava para 44 destinos domésticos e, ao fim do primeiro trimestre de 2022, vai chegar a 56, mesmo que com uma frequência um pouco menor. E vamos contratar duas mil pessoas até o fim do ano", afirmou Cadier em entrevista à Veja.
De acordo com o executivo, a dificuldade na recuperação terá dois principais motivos: a mudança de comportamento do viajante e o preço do dólar e do combustível. Cadier afirmou que neste momento de retomada haverá mais turistas a lazer do que viajando a negócios e que existe um novo viajante "híbrido", que viaja com a família a lazer, mas continua trabalhando remotamente do destino. Visando essas mudanças, a Latam precisou repensar destinos, frequências, horários e precificações das passagens; já que a antecedência com que viajantes a lazer e viajantes corporativos compravam suas passagens é muito diferente, mas agora há turistas que compram passagens em cima da hora.
Já quanto ao dólar e combustível, Cadier afirmou que "cerca de 60% dos custos de qualquer companhia aérea são atrelados ao dólar. Além disso, o Brasil tem uma característica de taxar muito o combustível aéreo, que aqui é o mais caro do mundo. Em reais, o preço das passagens está no mesmo patamar de antes da pandemia, mesmo com a inflação dos últimos tempos. A tendência, nos últimos quatro meses, foi de recuperação de preços, à medida que a demanda doméstica aumentou. No internacional, os preços estão mais baixos e a gente ainda espera uma recomposição, à medida que as fronteiras vão se abrindo."
REABERTURA DOS EUA
Falando em reabertura das fronteiras, Cadier mencionou a notícia das reaberturas de Estados Unidos e Argentina aos brasileiros, mas seguiu com os pés no chão. "Ainda não sabemos quais vacinas serão aceitas, mas só essa notícia, de um dia para o outro, aumentou a procura das passagens para os Estados Unidos em 350%. Além disso, a Argentina, que estava restringindo a quantidade de passageiros diários, também se abriu. O mesmo aconteceu semanas atrás com o Peru. É óbvio que vai ser uma recuperação lenta, porque as viagens internacionais demandam mais planejamento, mas ela está acontecendo. A nossa estimativa é de que só vamos voar no mercado internacional o mesmo que na pré-pandemia, provavelmente, no fim de 2023. No doméstico, já estamos chegando ao patamar anterior no fim do ano", afirmou.
Fonte: Veja.com
"Vamos ter uma recuperação mais difícil porque o preço médio das passagens vai ser mais baixo. Então, precisamos nos reestruturar, ser mais eficientes, ou não vamos conseguir competir. Muito do que fizemos nos últimos dezoito meses foi esse trabalho de eficiência, de fazer melhor, com menos custos. A reestruturação tem sido muito boa, senão não conseguiríamos abrir rotas e contratar como estamos fazendo. Antes da pandemia, a Latam voava para 44 destinos domésticos e, ao fim do primeiro trimestre de 2022, vai chegar a 56, mesmo que com uma frequência um pouco menor. E vamos contratar duas mil pessoas até o fim do ano", afirmou Cadier em entrevista à Veja.
De acordo com o executivo, a dificuldade na recuperação terá dois principais motivos: a mudança de comportamento do viajante e o preço do dólar e do combustível. Cadier afirmou que neste momento de retomada haverá mais turistas a lazer do que viajando a negócios e que existe um novo viajante "híbrido", que viaja com a família a lazer, mas continua trabalhando remotamente do destino. Visando essas mudanças, a Latam precisou repensar destinos, frequências, horários e precificações das passagens; já que a antecedência com que viajantes a lazer e viajantes corporativos compravam suas passagens é muito diferente, mas agora há turistas que compram passagens em cima da hora.
Já quanto ao dólar e combustível, Cadier afirmou que "cerca de 60% dos custos de qualquer companhia aérea são atrelados ao dólar. Além disso, o Brasil tem uma característica de taxar muito o combustível aéreo, que aqui é o mais caro do mundo. Em reais, o preço das passagens está no mesmo patamar de antes da pandemia, mesmo com a inflação dos últimos tempos. A tendência, nos últimos quatro meses, foi de recuperação de preços, à medida que a demanda doméstica aumentou. No internacional, os preços estão mais baixos e a gente ainda espera uma recomposição, à medida que as fronteiras vão se abrindo."
REABERTURA DOS EUA
Falando em reabertura das fronteiras, Cadier mencionou a notícia das reaberturas de Estados Unidos e Argentina aos brasileiros, mas seguiu com os pés no chão. "Ainda não sabemos quais vacinas serão aceitas, mas só essa notícia, de um dia para o outro, aumentou a procura das passagens para os Estados Unidos em 350%. Além disso, a Argentina, que estava restringindo a quantidade de passageiros diários, também se abriu. O mesmo aconteceu semanas atrás com o Peru. É óbvio que vai ser uma recuperação lenta, porque as viagens internacionais demandam mais planejamento, mas ela está acontecendo. A nossa estimativa é de que só vamos voar no mercado internacional o mesmo que na pré-pandemia, provavelmente, no fim de 2023. No doméstico, já estamos chegando ao patamar anterior no fim do ano", afirmou.
Fonte: Veja.com