Jean-Marc Pouchol, da Air France-KLM, deixa o Brasil depois de 5 anos
Diretor geral do Grupo para a América do Sul assumirá um novo desafio em Paris como VP para África
O diretor geral do Grupo Air France-KLM para a América do Sul, Jean-Marc Pouchol, está de saída do Brasil. Após mais de cinco anos dirigindo a companhia no País, agora ele volta para a França, baseando-se em Paris, e assume como vice-presidente do grupo para África.
Em bate-papo exclusivo com a PANROTAS – que, inclusive, ele conta que foi o primeiro veículo ao qual deu entrevista quando chegou –, Pouchol falou sobre seus pontos altos, fez um balanço da atuação da empresa desde então e contou o que mais sentirá falta daqui. O nome do sucessor para América do Sul ele ainda não pode dar, por questões burocráticas de expatriação, mas prometeu nos informar em breve.
“Estes cinco anos foram um período de crescimento para o grupo na região. Antes da pandemia, tivemos um recorde de malha aérea e oferta em termos de frequências semanais, atendendo 45 serviços por semana do Brasil para a Europa. Nunca havíamos atingido este número no País. Isso ilustra a importância estratégica do mercado brasileiro para a companhia”, diz.
HUB EM FORTALEZA
Um dos grandes pontos altos da atuação de Pouchol no Brasil foi, sem dúvidas, a inauguração do hub em Fortaleza, com a parceria da Gol, em maio de 2018. Este projeto passou a dar acesso direto da capital cearense a destinos europeus e americanos. A rota, aliás, que foi paralisada com o início da pandemia de covid-19, será retomada em 22 de outubro.
“Trabalhamos bastante com as autoridades do Ceará e acompanhamos muito de perto. Queríamos aumentar a notoriedade do Estado cearense e do Nordeste como um todo na Europa. E deu certo. Foi a primeira vez na história do grupo que iniciamos uma rota com as duas companhias aéreas. Nunca vou esquecer essa experiência.”
Segundo o executivo, foi uma satisfação anunciar ontem (26) a retomada da operação antes de sair do Brasil. Foi muito tempo dedicado à iniciativa, assim como energia. Dela, inclusive, nasceram outros projetos, como o MATCHER, que passou a estar bem vinculado com a presença da Air France-KLM em Fortaleza.
PANDEMIAS E OS DESAFIOS
Dos cinco anos do diretor em território brasileiro, praticamente dois foram enfrentando a crise causada pelo novo coronavírus. Para ele, os dois primeiros meses foram um período muito estressante, mas, ao mesmo tempo, de aprendizado, com todas as repatriações que precisaram fazer de clientes brasileiros na Europa ou europeus no Brasil. O grupo foi um dos únicos a manter as operações no País. Atualmente, retomou diversas delas e conta com 25 ligações com a Europa.
“A boa decisão da nossa casa matriz foi manter os voos no Rio de Janeiro e São Paulo, além de Argentina e Chile. Esse foi o ponto chave, pois pudemos não só repatriar os nossos passageiros, mas também os de outras aéreas que tinham parado suas operações. Tivemos um engajamento total de todos os funcionários, da tripulação, de todo o back office, dos call centers para apoiar viajantes e agências de viagens... Tudo isso foi muito desafiador. E, o que faltava, e começou a acontecer no mês passado, era a reabertura das fronteiras da Europa. A boa notícia chegou e cada vez mais vacinas serão aceitas, assim como mais países aceitarão os brasileiros vacinados”, pontua.
LEMBRANÇAS E SAUDADES
Em nível pessoal, Jean-Marc Pouchol conta que adora os brasileiros e que não há uma cultura no mundo igual a daqui. Seja para trabalhar com parceiros e com clientes, para se relacionar com funcionários ou agentes de viagens. Segundo ele, os relacionamentos no Brasil são de muita transparência e respeito, pontos-chave para uma parceria de sucesso.
“Para um europeu, isso é muito agradável, essa cultura no dia a dia. E principalmente com a crise, percebemos a importância ainda maior das agências e dos agentes de viagens. Fizemos um trabalho imenso em conjunto para atender os clientes nestes momentos de situações difíceis. Vou guardar uma lembrança muito forte em relação às pessoas. Posso dizer que tenho verdadeiros amigos nas agências de viagens”, conta.
Pouchol também citou a satisfação de gerenciar colaboradores brasileiros. Ele conta que sempre teve equipes motivadas e engajadas com os clientes, além de otimistas, o que reflete a cultura do Brasil e também da Air France-KLM no País. Ele sentirá falta dos funcionários, dos amigos que fez durante a jornada e também dos lugares. O francês afirma ainda que, para ele, as duas cidades mais lindas do mundo são Paris e o Rio de Janeiro.
“Decolar do Aeroporto de Santos Dumont é uma experiência que nunca vou esquecer. Tem o Cristo e o Pão de Açúcar, virando à direita sobrevoamos Copacabana Ipanema, Leblon e a Barra. Tudo isso dura uns sete minutos. Mas é preciso estar sentado na janela e do lado direito do avião”, dá a dica.
Em bate-papo exclusivo com a PANROTAS – que, inclusive, ele conta que foi o primeiro veículo ao qual deu entrevista quando chegou –, Pouchol falou sobre seus pontos altos, fez um balanço da atuação da empresa desde então e contou o que mais sentirá falta daqui. O nome do sucessor para América do Sul ele ainda não pode dar, por questões burocráticas de expatriação, mas prometeu nos informar em breve.
“Estes cinco anos foram um período de crescimento para o grupo na região. Antes da pandemia, tivemos um recorde de malha aérea e oferta em termos de frequências semanais, atendendo 45 serviços por semana do Brasil para a Europa. Nunca havíamos atingido este número no País. Isso ilustra a importância estratégica do mercado brasileiro para a companhia”, diz.
HUB EM FORTALEZA
Um dos grandes pontos altos da atuação de Pouchol no Brasil foi, sem dúvidas, a inauguração do hub em Fortaleza, com a parceria da Gol, em maio de 2018. Este projeto passou a dar acesso direto da capital cearense a destinos europeus e americanos. A rota, aliás, que foi paralisada com o início da pandemia de covid-19, será retomada em 22 de outubro.
“Trabalhamos bastante com as autoridades do Ceará e acompanhamos muito de perto. Queríamos aumentar a notoriedade do Estado cearense e do Nordeste como um todo na Europa. E deu certo. Foi a primeira vez na história do grupo que iniciamos uma rota com as duas companhias aéreas. Nunca vou esquecer essa experiência.”
Segundo o executivo, foi uma satisfação anunciar ontem (26) a retomada da operação antes de sair do Brasil. Foi muito tempo dedicado à iniciativa, assim como energia. Dela, inclusive, nasceram outros projetos, como o MATCHER, que passou a estar bem vinculado com a presença da Air France-KLM em Fortaleza.
PANDEMIAS E OS DESAFIOS
Dos cinco anos do diretor em território brasileiro, praticamente dois foram enfrentando a crise causada pelo novo coronavírus. Para ele, os dois primeiros meses foram um período muito estressante, mas, ao mesmo tempo, de aprendizado, com todas as repatriações que precisaram fazer de clientes brasileiros na Europa ou europeus no Brasil. O grupo foi um dos únicos a manter as operações no País. Atualmente, retomou diversas delas e conta com 25 ligações com a Europa.
“A boa decisão da nossa casa matriz foi manter os voos no Rio de Janeiro e São Paulo, além de Argentina e Chile. Esse foi o ponto chave, pois pudemos não só repatriar os nossos passageiros, mas também os de outras aéreas que tinham parado suas operações. Tivemos um engajamento total de todos os funcionários, da tripulação, de todo o back office, dos call centers para apoiar viajantes e agências de viagens... Tudo isso foi muito desafiador. E, o que faltava, e começou a acontecer no mês passado, era a reabertura das fronteiras da Europa. A boa notícia chegou e cada vez mais vacinas serão aceitas, assim como mais países aceitarão os brasileiros vacinados”, pontua.
LEMBRANÇAS E SAUDADES
Em nível pessoal, Jean-Marc Pouchol conta que adora os brasileiros e que não há uma cultura no mundo igual a daqui. Seja para trabalhar com parceiros e com clientes, para se relacionar com funcionários ou agentes de viagens. Segundo ele, os relacionamentos no Brasil são de muita transparência e respeito, pontos-chave para uma parceria de sucesso.
“Para um europeu, isso é muito agradável, essa cultura no dia a dia. E principalmente com a crise, percebemos a importância ainda maior das agências e dos agentes de viagens. Fizemos um trabalho imenso em conjunto para atender os clientes nestes momentos de situações difíceis. Vou guardar uma lembrança muito forte em relação às pessoas. Posso dizer que tenho verdadeiros amigos nas agências de viagens”, conta.
Pouchol também citou a satisfação de gerenciar colaboradores brasileiros. Ele conta que sempre teve equipes motivadas e engajadas com os clientes, além de otimistas, o que reflete a cultura do Brasil e também da Air France-KLM no País. Ele sentirá falta dos funcionários, dos amigos que fez durante a jornada e também dos lugares. O francês afirma ainda que, para ele, as duas cidades mais lindas do mundo são Paris e o Rio de Janeiro.
“Decolar do Aeroporto de Santos Dumont é uma experiência que nunca vou esquecer. Tem o Cristo e o Pão de Açúcar, virando à direita sobrevoamos Copacabana Ipanema, Leblon e a Barra. Tudo isso dura uns sete minutos. Mas é preciso estar sentado na janela e do lado direito do avião”, dá a dica.