Beatrice Teizen   |   10/03/2021 11:11
Atualizada em 10/03/2021 11:13

Para Gol, incorporação da Smiles é atraente para ambas as empresas

Assembleia para votação da proposta por parte dos acionistas está marcada para próxima segunda-feira (15)

A Gol realizou hoje (10) uma call com acionistas para apresentar as atualizações da proposta de incorporação das ações da Smiles pela companhia aérea. Segundo o CFO da empresa, Richard Lark, o contrato existente entre ambas as empresas é antigo, por isso, a proposta é atraente e importante para as companhias que, combinadas, estariam mais bem posicionadas em seus respectivos mercados no futuro.

Divulgação
Para Gol, incorporação das ações da Smiles é atraente para ambas as empresas estarem mais bem posicionadas em seus respectivos mercados no futuro<br>
Para Gol, incorporação das ações da Smiles é atraente para ambas as empresas estarem mais bem posicionadas em seus respectivos mercados no futuro
A assembleia para votação dos acionistas está marcada para a próxima segunda-feira (15) e acontecerá de maneira remota, devido à fase vermelha decretada em São Paulo. Para que ela aconteça, é necessária a presença de dois terços. Se isso não acontecer, a segunda convocação será feita dez dias depois. A decisão da proposta dependerá da maioria dos acionistas minoritários.

“Se considerarmos a apuração em uma base mais longa de 60 ou 90 dias antes do anúncio, em 7 de dezembro de 2020, teremos prêmios de 36% e 38%, respectivamente. Mesmo em um ambiente com baixas fusões no mercado, reconhecemos a importância de oferecer um prêmio melhor aos acionistas”, diz Lark.

Cada ação ordinária da Smiles dará ao titular o direito de receber, segundo a proposta apresentada em dezembro, uma contrapartida referente a 0,825 da ação preferencial da Gol, representando R$ 22,32 em dinheiro.

Ainda de acordo com o diretor financeiro da aérea, o sucesso da Smiles está diretamente ligado a Gol. A capacidade de assentos da companhia diminuiu devido à covid-19, diminuindo também a receita do programa de fidelidade. Isso demonstra o problema real, que é o contrato existente entre ambas – que não tem mais como evoluir – e o desalinhamento na estrutura.

“Isso nos deixa com duas opções: unir as empresas para que possamos atingir o mesmo objetivo ou renegociar o contrato para atingir os objetivos corretos e alinhar as companhias. Precisamos de uma estrutura consolidada para criar um ciclo virtuoso para investir na melhoria do produto e experiência do cliente”, afirma.

Lark explicou ainda que caso a transação proposta seja fomentada no dia 15, os atuais acionistas da Smiles teriam à disposição um regime melhor de governança corporativa, que envolve conformidade com os requisitos SEC e NYSE, conformidade com o SOX, comitês independentes do Conselho, entre outros pontos.

“Vamos respeitar a governança e será um processo longo, mas não podemos esperar grandes prazos. Temos de proteger a sobrevivência de ambas as companhias. Nosso ponto é que todos os acionistas entendam a situação, mas, caso não haja sucesso, nossa possibilidade de voltar com outra proposta seria mais para frente, de seis a 12 meses”, finaliza o CFO da Gol.

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