Por que a Copa Airlines se vê fortalecida no pós-crise?
Vice-presidente global de Vendas e gerente regional da aérea panamenha dão entrevista à PANROTAS


Veja abaixo uma das perguntas feitas na entrevista e, na sequência, confira a Revista PANROTAS desta semana, por onde você lê a entrevista na íntegra. Eles falam de frota, operação, corporativo, lazer, vacina, Brasil, Américas e estratégias futuras.
REVISTA PANROTAS - Qual é o tamanho do impacto da crise para a Copa Airlines?
ANTUNES - "Nossos maiores concorrentes da América Latina recorreram ao Chapter 11 em busca de recursos para suas recuperações. Nós não entramos e não solicitaremos uma solução como essa. Não quero dizer que foi fácil para nós. Não foi e não tem sido. A crise é dura para toda indústria da aviação. Entretanto, baixando os custos e conseguindo uma linha de crédito devido à nossa solidez, voltaremos mais forte do que antes.
No report do primeiro trimestre tínhamos US$ 1,1 bilhão em caixa. Isso para uma empresa que fatura cerca de US$ 2,6 bilhões anuais, é quase metade da receita total em caixa. Demonstra solidez financeira e planejamento de longo prazo.
Ainda assim, não sabíamos e ainda não sabemos o quanto vai demorar toda essa situação, e a Copa foi aos bancos do Panamá para buscar financiamento adicional, além de ter lançado cotas em ações para recolher mais dinheiro. Conseguimos US$ 150 milhões em crédito com bancos e US$ 350 milhões em bônus convertíveis em ações.
No final de junho, tínhamos US$ 1,4 bilhão em caixa. Isso diz que podemos durar muito tempo trabalhando com demanda restringida, com menos voos do que tínhamos e assim enxugando nosso custo operacional. A Copa é uma das companhias aéreas com melhor condição competitiva para sobreviver a esta crise.