'África do Sul é impactada no Brasil, mas só em curto prazo'
Diretora do Turismo sul-africano no Brasil, Tati Isler mede o impacto do fim das operações da South African Airways em entrevista para o Portal PANROTAS

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"Sorte que temos a Latam, que voa cinco vezes por semana de São Paulo à África do Sul e já vinha falando retornar o voo diário, o que agora é provável que aconteça. Não tenho a menor dúvida que todas essas companhias preencherão o espaço deixado pela SAA, e por isso acredito que o choque será apenas de curto prazo e que o crescimento de brasileiros na África do Sul, em torno dos 9% ano após ano, deve seguir em ascendência sem maiores traumas", afirma a diretora da TI Comunicações. "O movimento existe, e onde tem movimento a oferta aparece. Claro que sofremos neste primeiro momento, mas não acredito em declínio no emissivo."

"BRASIL ERA UMA DAS ROTAS MAIS RENTÁVEIS DA SAA"
O voo de Guarulhos a Joanesburgo era um dos principais suportes aos cofres da South African Airways, segundo Tati. "Quero dizer isso para mostrar que a decisão não tem a ver com o movimento da rota. Essa ligação com o Brasil era uma das mais lucrativas e de maior ocupação da SAA. É um movimento pela situação que a aérea passa. Até a Inglaterra, seu principal mercado, teve a oferta de voos diminuída pela metade. O corte do Brasil não tem a ver com a produtividade e a riqueza da rota.""O IMPACTO MAIOR É PESSOAL"

"Esse encerramento é mais uma reflexão que fica sobre a vida e o mundo. As coisas vão e vêm e têm seus períodos. São ciclos. Quem trabalha com Turismo sabe disso. Em um ano o destino está na crista da onda e de repente uma questão climática, uma epidemia, uma crise na segurança pode por tudo por água abaixo. Empresas que dão lucros exorbitantes de repente entram em concordata... Temos de estar preparados, desde o setor que trabalha com corporativo até o lazer."